terça-feira, 27 de janeiro de 2015

TRANSPORTE PÚBLICO

Tudo que é público esta fadado ao descuido, à gestão relaxada e ao desperdício.

Simplesmente por não prover os incentivos (sempre eles) certos para ser bem administrado. A história (sempre ela) está repleta de evidências. Tudo o mais é balela.

Estamos vendo a zona que se transformou a questão do transporte público. Eu lhe pergunto: Pra quê o governo mete a mão neste serviço ? 

Em Curitiba os servidores entraram em greve porque não recebem salário há mais de dois meses. 

Foi criado em Curitiba um bloco intermunicipal que engloba a capital e diversos outros municípios que formam a região metropolitana.

O preço cobrado do usuário não cobre sequer os custos e para fechar a conta os municípios se comprometeram num passado distante que cada um completaria o valor às empresas que prestam o serviço. O Estado arcaria com a coordenação e mais uma parte do subsídio.

Quais as chances que você acha disso funcionar ?

Este enredo, com uma ou outra emenda, é o mesmo pelo país afora.

Como resolver ? Simples. Deixa que o mercado irá prover o serviço. Deixa a iniciativa privada colocar seus ônibus, trens, metros, barcos, peruas, motos, limusines, helicópteros, micro-onibus, teleférico, carroça, automóveis, enfim o meio que for mais adequado a determinado cliente, com determinada condição dada pelo mercado e negociado livre e voluntariamente entre as partes.

"Ah mais aí surgirão os monopólios, ou cartéis que vão se juntar para explorar o povo e cobrar preços altos", é o que dirão os amantes do big government (como sempre).

CLARO QUE NÃO !!!!
Pegue o exemplo do tranporte de cargas (pessoas também são cargas) aqui mesmo no país. Existem mais de 20.000 empresas que prestam este serviço. Estas transportadoras levam e trazem toda a carga que é movimentada, neste país continental, atendendo a hora, da forma e como o cliente quiser. Ninguém entra em greve e ninguém enche o saco fazendo protesto. Por quê ? Porque praticamente não existe barreira de entrada, porque a negociação é livre entre o contratante e contratado e com isso se formou, pela ausência maligna do Estado, um mercado de concorrência quase perfeita.  

20 toneladas de carga seca são transportados por 1.000 km por exemplo por R$4.000,00 (com seguro incluso). Você pega o telefone e terá a disposição pelo menos umas 50 opções, esteja sua carga onde for.

Com relação ao transporte de passageiros, num prazo curto, caso se desrregulasse e privatizasse todo este setor, a configuração deste serviço estaria mais ou menos, com a mesma feição que o transporte de cargas.

Ainda que a coisa caminhasse para uma improvável formação de cartel, eles não poderiam praticar preços maiores que um novo concorrente pudesse fazê-lo. O preço estaria limitado não por quanto o tal cartel quisesse cobrar mais pelo que os potenciais novos entrantes estivessem dispostos a oferecer. 

Querer que o Estado, exímio fazedor de prejuízo, transporte pessoas é querer dar dinheiro para político se lambuzar.

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