segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

OU VOLTA A TRABALHAR (ACEITANDO QUASE QUALQUER COISA) OU ENTRA EM DEPRESSÃO

Lendo uma matéria (aqui) interessante sobre os benefícios colaterais (externalidades positivas) do seguro desemprego nos EUA (evitou-se mais de 1,4 de liquidação de hipotecas e aumentou o acesso dos pobres ao mercado de crédito), fiquei ainda mais espantado com o comentário de um dos leitores do site ao final da matéria. Vejam abaixo (UI é a abreviatura de Unemployment Insurance). 
"I do wish that the assumption that somehow unemployment compensation ("UI benefits") help people. While of course the money does help it comes at a terrible price to the recipient, at least here in Oregon which despite its "liberal" public face is about the most TeaPublican state possible of all states with typical right-wing extremist practices. Generally though here's the problem just about anywhere. First if you have to file for unemployment the automatic assumption of many prospective employers is that you are somehow severely damaged goods and you are to be shunned. Some prospective employers even demand to know if you have EVER filed for unemployment - at any time ever in your career, and will shut you out for that. Then there is the really nasty attitude of (employed) state workers who treat you like you are something that came up on their shoe in the parking lot, and as well make demands (illegal, but they still do it) that you take a minimum wage part time or split shift job a long ways away from your home (sometimes hours) or that you relocate or that you take a job for which you have no background nor qualification much less interest. For example, during the brief time I was unemployed last year, despite my well documented well referenced paraprofessional career I was told I had to apply to be a graveyard shift janitor or flip burgers at a national chain, or I would be denied benefits.The deal is, these state workers administering UI programs are held to a numbers game and they will do anything to get their numbers up (not that I am sympathetic toward often illegal maneuvering and pressuring the person unlucky enough to be a downsizing victim). UI benefits are often less than half your former income. Your skills are often belittled in an attempt to force you into out of your professional level down to entry level. You are mandated often to prove applying for many more jobs every week than would be normally humanly possible (some states demand a minimum of ten applications per week, most are 5-7). You are strongly pressured to "return to college or trade school" which of course means you then are booted off the UI rolls - ergo, their numbers get better). And the most insulting thing of all, when your benefits run out the media talking heads sneer at you for having "given up looking for work" when the reality is to the government, the media and society in general, you just aren't even worth counting anymore - talk about victim blaming which has become the great American pastime. All around the merry go round - it's a nonstop delivery of shaming. No wonder many unemployed run through every last bit of their personal assets such as they are just to avoid the daily onslaught of shame."

Tal sentimento não se mede pelos dados, mas creio que o efeito emocional é tão pesado que, ou leva o sujeito a aceitar qualquer coisa para sair do seguro, ou é levado para uma depressão, se achando o mais derrotado dos seres humanos.

Vale a reflexão de comparar as atitudes de lá versus a daqui neste sentido. 

Uma outra questão é: Será que o excesso de proteção que o Estado se prontifica, cada vez mais, a dar não interfere não estima de quem sofre um revés?  
Fatalmente todos passam (ou passarão) em algum momento por contratempos. A diferença é como você encara o tombo.

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