Apenas o capitalismo permite ao sujeito fazer o que quiser com o que lhe pertence, o que quiser com a sua propriedade privada. Inclusive não fazer nada. Ser um hippie, um manifestante profissional, um mendigo, um vagabundo, um viciado é permitido…Desde que não façam vítimas, ou seja, não viole a propriedade privada de outrem.
E no socialismo ? Não, neste regime todos têm que dar sua cota de participação para o enriquecimento do país. Em Cuba, vadios são reunidos e enviados para campos de trabalho forçado. Na URSS, fazenda coletivas obrigavam todos que se negavam a trabalhar a cumprir uma jornada de trabalho para glória do partido.
Onde há estado, não há capitalismo. David Friedman ilustra bem esta dicotomia no excelente The Machinery of Freedom. Num dos trechos ele aponta:
"O Governo é que é o inimigo: polícia prende mendigo, escolas públicas insistem em exigir cabelos curtos, governos federal e estadual se engajam em programas massivos de proibição de importação e vendas de drogas…Isto tudo é parte da censura e imposição da moral da maioria sobre a minoria. Mas parte da perseguição vem do reconhecimento que as pessoas que escolhem ser pobres contribuem menos para o 'bem comum'. Hippies não pagam muitos impostos... este ponto se torna explícito: viciados em drogas são recriminados por que o vício não permite que a vítima contribua com sua cota de trabalho. Se todos fossem viciados a sociedade se colpasaria. Quem iria pagar impostos? Quem iria lutar nas guerras contra inimigos externos ?"
É isto: O comunismo sobrevive nos regimes democráticos em toda parcela da economia em que o Governo prevalece. No que tange a convocação militar obrigatória, a proibição de drogas, a proibição de importados, a obrigação do cinto de segurança, a previdência pública mandatória, a poupança forçada,…somos todos uma parte da URSS.
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