terça-feira, 27 de janeiro de 2015

NEM TUDO É O QUE APARENTA SER

No campo da economia existem cemitérios e mais cemitérios de políticas públicas, leis e planos governamentais repleto de boas intenções, mas que espalharam destruição, dor e multiplicaram a miséria.

A notícia que choca à primeira vista mostra uma coisa, mas aquilo que não se vê (para ser caro a Frederic Bastiat) é onde mora o significado mais completo do cenário.

Reportagem do Estadão (aqui) noticia a visita de 3 jovens blogueiras de moda da Noruega ao Camboja para conhecer as condições deploráveis das trabalhadoras da indústria têxtil daquele país.

Emocionadas com a realidade das costureiras cambojanas, as escandinavas caem no choro.  O salário é de U$ 130 por mês, trabalhando 7 dias por semana, 12 horas por dia.

Entretanto o que precisa ser analisado na verdade é: Qual seria a alternativa? Caso as grandes marcas da moda internacional não contratassem o serviço desta mulheres, elas estariam em melhores condições?
Não. Estariam servindo a prostíbulos, mendigando nas ruas ou labutando nas lavouras sob sol cerrado, ganhando menos da metade e dormindo ao relento.

O problema não é o capitalismo ou as empresas capitalistas, mas governos e instituições extrativistas que vigoraram anos e anos em países com baixo grau educacional, preconceitos medievais e desconectados do mundo. Países como o Camboja e Cuba que viveram décadas sob regimes ditatoriais e que só agora começam a permitir, seguindo o exemplo chinês, a brisa do mercado.

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