Estudo interessante do economista de Princeton,Thomas Fujiwara,(aqui) mostra que a implantação do voto eletrônico no Brasil, por ter ocorrido de forma gradativa, criou espaço para testar algumas hipóteses interessantes.
Foram levantados dados de municípios, num mesmo período eleitoral, que usaram urnas eletrônicas versus àqueles que não usaram.
Primeiro reduziu-se o número de votos nulos e brancos entre analfabetos e os mais pobres (o que era de se esperar num país onde 23% dos adultos não conseguem ler ou escrever uma simples frase), o que elevou a inclusão de eleitores que até então estavam sub-representados e aumentaram as chances de candidatos com menor poder aquisitivo e menor grau de educação de serem eleitos - candidatos "mais parecidos" com o eleitorado que ele representa.
As transferência de renda e políticas de assistência médica e social aumentou, nos anos que se seguiram, nas municipalidades em que o voto eletrônico foi introduzido.
O poder do voto compeliu os políticos a atender os clamores de toda uma parte da população que não era ouvidas nas urnas.
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