Rockefeller, Ford, Morgan, Carnegie, Rothschild, Vanderbilt, Jobs não são exatamente reconhecidos como seres humanos dos mais dóceis.
Suas imensas fortunas, erigidas muitas vezes do nada, foram construídas sobre toda e qualquer fresta de oportunidades que lhes apareciam no caminho, fossem estas deixadas "dando sopa" pelo governo, por sócios, por sindicatos ou, principalmente, por concorrentes.
Rockefeller supria 90% de toda demanda de gasolina e óleo dos EUA. Quando intimidado por Vanderbilt e Scott a pagar maiores preços pelo uso de suas ferrovias, Rockefeller construiu um oleoduto de mais de 6.400 km que ligava a Ohio a Pensilvania, encerrando a dependência por trens para escoar seu petróleo.
Uma das características destes titãs era o senso frio da realidade, ou seja, se não produzissem mais barato e em maior quantidade do que os outros seus negócios iriam à bancarrota. A falência era uma ameaça real e constante. Este sentimento os levavam a investir em inovações, obter o máximo de fatia de mercado que conseguissem e ter um exército de trabalhadores motivado para a função. (Ford declarava que seus próprios funcionários deveriam ter condições de comprar os veículos que fabricavam, implantou aumentos sucessivos de salário do "chão de fábrica" superando em muito a remuneração média do trabalhador da época)
Hoje, os homens de negócios, encontram guarida mais e mais vezes nos subsídios, privilégios e socorro dos governos e seus bancos centrais. A política do "too big to fail" praticamente instituiu a socialização de prejuízos. Os mecanismos para se evitar uma falência se multiplicaram e o homem de negócio perdeu o seu medo de quebrar, afinal um bailout do governo está sempre a mão. A GM foi praticamente estatizada, o Bear Stearns, a AIG , a American Express e centenas de outras (veja aqui uma amostra) foram salvas de irem pro cemitério da "destruição criativa".
Entre quantitive easyng pra lá, TARP's pra cá, já foram gastos mais de U$ 50 trilhões de dólares desde 2008 no socorro de homens que sabiam (ou deveriam saber) que o risco de quebrar fazia desde o inicio fazia parte do jogo. Será que ainda faz? Estão matando o espírito animal.
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