terça-feira, 2 de julho de 2013

O FED E A CIRANDA DA ALEGRIA

O Federeal Reserve (FED), banco central dos EUA, obteve em 2008 permissão para também poder comprar títulos de dívida privada, jogando dólares nos bancos a fim de destravar o crédito e evitar o risco de deflação, semelhante ao ocorrido na crise de 1929 e no Japão no fim do século passado.

O bancos privados se encontravam hiperalavancados e cheio de empréstimos concedidos para devedores picaretas, seus títulos de dívida, calçados nestes empréstimos não valiam então um tostão furado. Em suma, os bancos se encontravam num beco sem saída, pois fizeram tudo o que um banco não pode fazer, emprestar muito e mal.

Eis que o paizão Ben Bernanke, presidente do FED, veio então ao socorro dos pobres banqueiros comprando papéis que ninguém mais queria comprar. Ora, mas ele fazia isso para que o banqueiros repassassem o dinheiro para o mercado, liberando capital para empresas e indivíduos - de risco adequado - poderem investir e voltar a consumir, destravando a economia e gerando emprego e renda, mas .... Não é bem isso que aconteceu. Os gatunos entesouraram mais de 80% do dinheiro vindo do FED. Veja os gráficos abaixo.


Source of basic data: International Financial Statistics of the International Monetary Fund



O FED criou mais de U$ 1,7 trilhão desde então e o volume de crédito disponibilizado para o setor privado permanece U$ 820 bilhões a menos do que em 2008.

Para resumir em poucas palavras o que ocorreu foi a socialização das perdas. Os banqueiros e afins ficarão com os lucros e o resto dos contribuintes americanos com a conta.

O pior é que tem economista, prêmio Nobel, aplaudindo o espetáculo e dizendo que ainda é pouco.

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