segunda-feira, 12 de agosto de 2013

LEITURAS NA NET

DOPING SPORT - ATHLETE'S DILLEMA - THE ECONOMIST (clique aqui)

WOULD US GRANT ASYLUM TO A MAN WHO EXPOSED RUSSIA'S SPYING? (clique aqui)

É PRECISO REDIRECIONAR O MERCADO DE DÍVIDAS NO BRASIL (clique aqui)

O QUE OS GOVERNOS PODEM FAZER COM SEUS DADOS (clique aqui)

AN UNFINISHED REVOLUTION - THE ECONOMIST (clique aqui)

EXCESSO DE OTIMISMO PODE SER RESULTADO DE FALHA NA ATIVIDADE CEREBRAL (clique aqui)

MANOBRA CAMBIAL FAZ PETROBRAS SAIR DO PREJUÍZO PARA LUCRO BILIONÁRIO (clique aqui)

THE DIVERGENCE OF CULTURES - JACK GOLDSTONE (clique aqui)

ON THE INTRINSIC VALUE OF GOLD, AND HOW NOT TO BE A TURKEY - DYLAN GRICE (clique aqui)

THE ABSOLUTE INSANITY OF MAKING IT DIFFICULT FOR FOREIGN DOCTORS TO PRACTICE IN USA (clique aqui)

MR. YELLEN ON MONETARY POLICY (clique aqui)

O FUTURO DA NOVA ERA - PEDRO MALAN (clique aqui)

THE CENTRAL , FALSE CONCEIT OF LIBERTARIANISM (clique aqui)

SÃO PAULO É O LUGAR COM A PIZZA MAIS CARA DO MUNDO (clique aqui)

10 REASONS WHY ECONOMICS IS AN ART, NOT A SCIENCE - BARRY RITHOLTZ (clique aqui)

THE NEXT BUBBLE  - WHY $1,2 TRILION COLLEGE DEBT CRISIS IS CRIPPLING STUDENTS, PARENTS AND THE ECONOMY (clique aqui)

SMARTER THAN EISTEN : COULD A 11 YEARS OLD BECOME FIRST FEMALE BOE CHIEF? (clique aqui)

HICKS X KRUGMAN ON HAYEK X KEYNES (clique aqui)

MORE THAN 100.000 WANT TO GO TO MARS AND NOT RETURN (clique aqui)

domingo, 11 de agosto de 2013

CONJUNTURA - SO FAR SO BAD

Um panorama geral da economia via gráficos. Tire as suas próprias conclusões.

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO INDUSTRIAL (CNI)


INDICE NACIONAL DE EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR (CNI)


CRIAÇÃO LÍQUIDA DE EMPREGOS FORMAIS (CAGED)


EVOLUÇÃO DA DÍVIDA BRUTA DO SETOR PÚBLICO (BCB)



DÉFICIT EM TRANSAÇÕES CORRENTES (BCB)


VALOR DE MERCADO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS (ECONOMÁTICA)



SALDO COMERCIAL (MDIC)




INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (fonte BACEN - (*) estimativa Bradesco)



VENDAS DO VAREJO (IBGE)



INFLAÇÃO (IBGE)



PIB (IBGE / CNI)




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A TROCA

Enquanto os homens habitarem a terra existirão as trocas. Quando os primeiros europeus chegaram às Américas no século XV eles não falavam a mesma língua dos indígenas que por aqui moravam, nem usavam a mesma moeda (ou qualquer tipo de moeda), sequer sabiam um da existência do outro, não tinham certeza se iriam tornar a se encontrar novamente, possuíam crenças, cultura e códigos legais totalmente diferentes. Mas como é que conseguiram então estabelecer algum tipo de relacionamento amistoso e proveitoso ? 

A resposta é uma atividade inata ao ser humano: A troca. Uma atividade que além de gradativamente proporcionar a construção de uma confiança mútua, é efetuada voluntariamente e de forma a produzir uma sensação aos agentes envolvidos de satisfação à posteriori. Após a troca cada um vai pro seu lado entendendo estar numa situação melhor do que a anterior. 

Ao se aperfeiçoar os mecanismos de troca, cada vez mais pessoas puderam se juntar à festa, ainda que você não tivesse inicialmente algo que coincidisse com o que a sua contraparte imediata demandasse, o desenvolvimento dos mercados e dos meios de troca - moedas - possibilitaram que o produto do seu trabalho encontrasse outros interessados. A partir desta configuração uma revolução na economia se iniciava, pois o homem não mais precisava produzir tudo para a sua subsistência, poderia se concentrar  naquilo que ele tinha mais aptidão, da melhor forma e na maior quantidade possível.

Nunca se sabe exatamente de onde, como e quem surgirá com um novo produto ou um aperfeiçoamento de um produto já existente (ainda que o nosso BNDES ache que tenha o poder de clarividência) , sabe-se apenas que, quando a inovação acontece, haverá gente disposta a pagar por ela. Isto transforma a vida das pessoas, melhora o bem estar e é o responsável pelo desenvolvimento exponencial especialmente experimentado desde a revolução industrial.

É imperioso, portanto, para o bem estar e promoção do desenvolvimento de uma nação que não haja fricções prejudiciais à realização das trocas. Os impostos, ainda que saibamos em alguma medida ser necessário para custear o Estado, é um dos principais inibidores. Por exemplo: Suponha que você deseja comprar um computador para seu filho de 10 anos. Você avalia que R$1.000,00 é o valor máximo que vale a pena dispor para proporcionar ao seu filho este agrado. O dono da loja também concorda com o valor, ele consegue pagar todos os custos e despesas do produto e remunerar o seu próprio trabalho (lucro) vendendo o computador pelos R$ 1.000,00.

Agora considere que o governo aumente o valor do IPI em 15%, levando o preço do computador para R$1.150,00.  Neste patamar você não enxerga a mesma utilidade, desistindo da compra e impedindo que a troca ocorra, frustrando as duas partes e em última análise destruindo riqueza. É simples assim.

Outros exemplos de vilões que distorcem a relação preço-valor interrompendo as trocas no mercado são a inflação, as barreiras alfandegárias, o controle de preços, os subsídios, o controle do câmbio, o salário mínimo, a política de cotas, a exigência de conteúdo nacional, entre outros.

O Estado deveria atuar como provedor de segurança, garantidor das regras do jogo (insitituições) e não como uma terceira parte a se intrometer na troca. Uma espécie de parasita seqüestrador de riqueza alheia. Quanto mais trocas, maior o bem-estar. É assim desde o início dos tempos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

LEITURAS NA NET

UMA CRÍTICA EXCELENTE DO ECONOMISTA GREGORY CLARK ÀS ESTATÍSTICAS HISTÓRICAS PRODUZIDAS PELO FAMOSO ANGUS MADDISON (clique aqui)

UMA HISTÓRIA SOBRE DOIS PAÍSES - MARCOS LISBOA E SAMUEL PESSOA (clique aqui)

JOSE ANTONIO REFUGGE, UM HOMEM FICHA LIMPA (clique aqui)

FIVE MITHS ABOUT LIBERTARIANS - NICK GILLESPIE (clique aqui)

ELASCTIC NUMBERS MAKE IT HARD TO GET A HANDLE ON THE ECONOMY (clique aqui)

NIXON, LINDBERGH E A INDEPENDÊNCIA DO BC (clique aqui)

O OTIMISMO E O PESSIMISMO SOBRE O BRASIL SÃO EXAGERADOS - ENTREVISTA DE JOSÉ ALEXANDRE SCHEINKMAN A ISTO É (clique aqui)

THE FEDERAL RESERVE IN A TIME FOR DOVIES - KENNETH ROGOFF (clique aqui)

OS CLUBES, SUAS DÍVIDAS IMPAGÁVEIS, A CAIXA E A COPA DO MUNDO (clique aqui)

THREATS TO RELIGIOUS FREEDON IN EUROPE (clique aqui)

A ARMADILHA BRASILEIRA - ANDRÉ LARA RESENDE (clique aqui)

DO WE NEED A STRATEGIC CHERRY RESERVE ? (clique aqui)


A HIPÓTESE DA INCOMPETÊNCIA COMO EXPLICAÇÃO DO DESEMPENHO MEDÍOCRE DA ECONOMIA BRASILEIRA



O renomado macroeconomista brasileiro José Alexandre Scheinkman, professor de Princeton, afirmou em recente entrevista para a Folha (clique aqui) que a incompetência e a ideologia do governo explicam as ações (e omissões) equivocadas que vem provocando verdadeiros estragos na economia do país.


Erros de diagnósticos feitos pelo governo quando da crise de 2008 acarretaram a administração de remédios errados. Ali diferentemente das economias atingidas diretamente pela crise, não tínhamos restrição de demanda e risco de deflação, além disso com as taxas de juros internacionais atingindo patamares negativos, continuamos recebendo grandes volumes de capital externo. Diante deste cenário o relaxamento da política monetária é que deveria ser o carro chefe. "Ocorre que a reação da política econômica brasileira foi a de se comportar como a crise ameaçasse deixar o Brasil numa situação semelhante à dos países centrais...Como se houvesse o risco de uma situação de estagnação keynesiana, o Brasil reagiu a crise com uma política fiscal agressiva de aumento dos gastos públicos, principalmente através dos gastos correntes do governo". É o que afirma André Lara Resende num capítulo de nome sugestivo A oportunidade perdida: o equívoco da resposta à crise do seu paper "A Armadilha Brasileira".


Numa decomposição do PIB do último mandato de FHC e dos dois mandatos presidenciais de Lula, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa mostram que a diferença do maior crescimento apresentado no governo petista é quase que inteiramente explicado pela PTF - produtividade total dos fatores (capital, capacidade total instalada e trabalho são praticamente idênticas). O importante a se realçar é que este indicador é geralmente impactado por reformas feitas em períodos anteriores defasados no tempo (outros estudos mostram por exemplo que foram as reformas do PAEG introduzidos no governo Castelo Branco que levaram ao milagre econômico), ou seja, foram basicamente as reformas na área de crédito, serviços e  de cunho fiscais feitas na época de FHC que provocaram a melhoria institucional  e maior crescimento nos 8 anos de Lula. (leia o paper aqui)

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As constantes desonerações tributárias para agradar setores com poder vocal relevante também produziram seus estragos. Além das distorções de preços e de incentivos perversos (fica o mau exemplo para quem ainda não foi pedir agrado ao governo que vale a pena fazer pressão à gastar com inovação por exemplo) no longo prazo o populismo tributário sem a correlata diminuição dos gastos tem efeito de expansão fiscal, produzindo pressão inflacionária e necessidade de mais aperto monetário no futuro. Um artigo interessante dobre o assunto escrito pelo economista Fabio Kanczuk pode ser lida aqui.

As políticas protecionistas também são outra marca forte da equipe econômica. Exigências de conteúdo nacionais, aumento de alíquotas de importação e imposição de barreiras não tarifárias são lançadas a todo momento. O resultado é um pais com o menor índice de importação (relativo ao PIB) do planeta e uma estrutura industrial cada vez menos integrada às cadeias de excelência internacional. Edmar Bacha relata alguns exemplos e suas pérfidas conseqüências para o país aqui e aqui e aqui.


Poderíamos discorrer aqui sobre diversos outros temas onde o governo atuou de forma lastimável, evidenciando que a hipótese da incompetência da equipe econômica é a que mais se aproxima do diagnóstico correto quando se avalia as causas do pífio desempenho brasileiro, especialmente do período Mantega em diante. Maquiagem das contas públicas, controle dos preços da gasolina, leniência com a inflação e escolha de campeões nacionais via BNDES são alguns dos exemplos mais flagrantes.


O resultado da barbeiragem aparece de forma cada vez mais acentuada nos diversos indicadores de conjuntura. Resta saber agora se o indicador político mais importante, as urnas, também se manifestará de forma negativa e derradeira para reprovar os atuais condutores desta forma de se fazer economia. É o velho desenvolvimentismo pairando novamente aqui na terra brasilis.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

LEITURAS NA NET

A STEP IN THE DARK, UNCONVENTIONAL MONETARY POLICY AFTER THE CRISES - RAGHURAM RAJAN (clique aqui)

THE GREAT WRIT, THE POWER OF HABEAS CORPUS IN AMERICA - ALLEN MENDENHALL (clique aqui)

COMO INVESTIR A MAIOR RESERVA DE DINHEIRO DO MUNDO - (clique aqui)

NO SOLO ÁRTICO, UMA NOVA FONTE DE GÁS - (clique aqui)

ALEMANHA ESTA CADA VEZ MAIS SÓ NA DEFESA DA PROSPERIDADE (clique aqui)

MICHAEL HUEMER IMMIGRATION PARABLE - MILES KIMBALL (clique aqui)

1889 -  A NOVA OBRA DE LAURENTINO GOMES (clique aqui)

A CADA 3 MINUTOS 1 CARRO É ROUBADO EM SP (clique aqui)

INCOMPETÊNCIA E IDEOLOGIA TRAVAM A ECONOMIA - ENTREVISTA COM JOSÉ ALEXANDRE SCHEINKMAN, PROFESSOR DE MACRO NA UNIVERSIDADE DE PRINCETON (clique aqui)

GOOD GOVERNMENT, BAD GOVERNMENT - FRANCIS FUKUYAMA (clique aqui)

PRINCIPLED AGENTS - FRANCIS FUKUYAMA (clique aqui)

JOAN ROBINSON: OPEN LETTER FROM A KEYNESIAN TO A MARXIST (clique aqui)

NOVA VERSÃO DOS PAPERS SOBRE RENT-SEEKING, ENTREVISTA DOS AUTORES E O OTIMISMO DO MAILSON - BLOG DO MANSUETO (clique aqui)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O CASO DA VIOLÊNCIA (ABSURDA) NO BRASIL

Um dos mantras preferidos dos nossos diplomatas, governantes ou quem quer que vá discursar na ONU e outros fóruns mundiais é de que somos um país pacífico, que prefere o diálogo. Balela! Somos um dos 10 países mais violentos do mundo (clique aqui). São mais de 27 homicídios por 100 mil habitantes, no caso de jovens entre 14 e 25 anos o número de mortes aumenta para 54,8. Nem países em guerra declarada possui tal mortandade.
morte prematura  grafico do numero da violência contra jovens no brasil

O Brasil tem taxa mais de 500 vezes maior do que a de Hong Kong e 137 vezes maior que a da Alemanha e da Austria. Das 50 cidades mais violentas do mundo nós temos 14 (clique aqui) entre elas. Maceió com mais de 135 homicídios por 100 mil habitantes ocupa o 3º posto global. Em São Paulo, um dos únicos 3 estados que possuem estatísticas históricas, detalhadas e confiáveis, é registrado mais de um crime por minuto (veja tabela no fim do post).

Vejo muito pouca discussão aprofundada sobre o assunto nas pautas dos governantes, no meio acadêmico ou até mesmo na mídia em geral. Normalmente mostram-se os casos mais assustadores (relembre alguns aqui, aqui e aqui), reporta-se o despreparo da nossa força policial e as manifestações de protesto que se seguem geralmente após o ocorrido. Muito pouco para um fenômeno tão grave e não condizente com um país com a posição econômica e de história não beligerante como o Brasil.

A revista The Economist recentemente reporta o curioso caso da queda vertiginosa dos índices de criminalidade dos países desenvolvidos (alguns nem tanto como a Polonia, Estônia, Portugal e Espanha). O primeiro fato que a reportagem chama a atenção é que ninguém previa tais melhorias há 20 anos atrás, muito pelo contrário, especialistas como o americano John Dilulio diziam que o mundo seria aterrorizado por jovens que não demonstravam nenhum respeito pela vida humana e desprovidos de senso de futuro. Mas o quê ocorreu na verdade foi o oposto:

"Some crimes have all but died out. Last year there were just 69 armed robberies of banks, building societies and post offices in England and Wales, compared with 500 a year in the 1990s. In 1990 some 147,000 cars were stolen in New York. Last year fewer tham 10.000 were...In countries such as Lithuania and Poland the gangsters who trafficked people and drugs in the 1990s have moved into less violent activities such as fraud."

A revista aponta ainda as diversas causas da queda nos índices: Envelhecimento da população (pois um ponto em comum em qualquer país é que os crimes são majoritariamente praticados por jovens); Aperfeiçoamento tecnológico da indústria anti-crime (exames de DNA, computadores, técnicas de   medicina legal); automóveis com dispositivos anti-roubos e que simplesmente não funcionam sem códigos específicos que só o dono possui; melhoria das estatísticas e registros que possibilitam a prevenção; câmeras, alarmes e outros aparatos de segurança. A certeza da punição e a diminuição da recompensa por roubar (aparelhos eletrônicos cada vez mais baratos) também são interessantes causas apontadas.

O economista prêmio nobel Gary Becker desenvolveu na década de 60 um modelo econométrico do crime. Ao analisá-lo como uma atividade racional Becker chegou a importantes insights. Existem custos e benefícios associados ao ato: a possibilidade de ser pego, o risco de morte, de ser condenado e de ser execrado pelos pares são exemplos de custos. Já as recompensas econômicas são mais evidentes. Neste contexto, pôde-se derivar uma equação que descreve a quantidade de tempo gasto na atividade criminosa, por exemplo, como uma função de vários fatores:
y = f ( x1, x2, x3, x4, x5, x6, x7), onde:
              y= horas gastas em atividades criminosas
             x1= "salário" por hora ocupada em atividade criminosa
             x2 = salário-hora em emprego legal
             x3= renda de outras atividades que não o crime ou um emprego legal
             x4= probabilidade de ser capturado
             x5= probabilidade de ser condenado se for capturado
             x6= sentença esperada se condenado
             x7= idade

O mais importante é que ao encarar a questão sob o prisma científico, aplicando uma metodologia racional de análise é possível melhorar os diagnósticos, estabelecer hipóteses de ação, implantar políticas condizentes com as melhores práticas e, medindo os resultados alcançados, entender os pesos e relações de causa e efeito de forma mais precisa e eficiente. Foi isso que Becker fez e revolucionou o modo de se entender e combater o problema do crime nos EUA.

O certo é que para combater a violência, assim como na questão da educação, não existe uma bala de prata única que produzirá resultados instantâneos. Polícia, judiciário, sistema prisional e a sociedade como um todo, podem e devem fazer muito mais, a começar por melhorar o registro e a coleta dos dados para que se diagnostique o tamanho do problema e a necessidade de recursos a ser alocado na empreitada. De outra forma, estaremos cada vez mais ilhados em condomínios fechados e assistindo pela televisão cenários de guerra cada vez mais parecidos com aqueles mais comuns no oriente médio. É o Brasil se "Afeganistando".





quarta-feira, 31 de julho de 2013

MELHORES INVESTIMENTOS ATÉ JULHO/13

LEITURAS NA NET

O BRASIL E SUA GLOBALIZAÇÃO INVOLUNTÁRIA - GUSTAVO FRANCO (clique aqui)

WHY ECONOMICS NEEDS ECONOMIC HISTORY - KEVIN O'ROURKE (clique aqui)

O FUTURO INCERTO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL - ADRIANO PIRES (clique aqui)

A BAZAAR ECONOMY? - ACEMOGLU & ROBINSON (clique aqui)

WHY ARE GOOGLE EMPLOYEES SO DISLOYAL ? (clique aqui)

O IDH DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS (clique aqui)

HADRIAN'S WALL WAS A MARVELLOUS MISTAKE; SO IS HS2 - MATT RIDLEY (clique aqui)

ALAN TURING, A GREAT SCIENTIST - MATT RIDLEY (clique aqui)

CHICO E FRANCISCO - ALEXANDRE SCHWARTSMAN (clique aqui)

CHINA URBANIZATION COST COULD TOP U$106 BILLION A YEAR (clique aqui)

WHAT KIND OF "JUSTICE SYSTEM" REFUSES TO TEST DNA EVIDENCE (clique aqui)

THE MAKE - BELIEVE BILLION - TOMOTHY NOAH (clique aqui)

terça-feira, 30 de julho de 2013

A FALHA ESTÁ NO HOMEM

Figure 6: The correlation between Property Rights score and Freedom from Corruption score with an exponential fit. Antes mesmo de Adam Smith discute-se o papel do Estado na economia. Com maior ou menor grau de sofisticação o mundo caminha entre àqueles que apóiam e àqueles que exortam a contribuição que o Leviatã possa dar no desenvolvimento econômico de uma nação.

O ponto principal que depõe contra os que defendem o estatismo é a natureza do seu principal agente: o  servidor público (aqui incluídos os políticos). Assim como qualquer membro da espécie humana ele também é movido por crenças, preferências e ambições que integram seu jeito de ver o mundo. No frigir dos ovos ele reage a incentivos tanto quanto qualquer outro.

Basear toda uma estratégia de eficiência e desenvolvimento de um país nas mãos de tal ser, sem os devidos mecanismos de check and balances, pesos e contrapesos, supervisão e controles, auditoria e punições é mais do que temerário, é um monumento a burrice.

Lord Acton já dizia que o poder corrompe (e o poder absoluto corrompe absolutamente). A História demonstra isso sistemática e incansavelmente.

O mercado não possui esta fragilidade porque não baseia seu pilar no bicho homem. O mercado não distingue seus agentes por posição, religião, sexo ou posto hierárquico. O foco está no produto; (se ele tem um valor que une os interesses do seu ofertante com a do seu demandante ) e nas regras do jogo (as instituições devem garantir por exemplo o direito de propriedade para que o demandante não tome pela força o produto do seu ofertante e fique por isto mesmo).

A compra e a venda ocorre de forma voluntária e isto significa que ambas as partes envolvidas na transação saem satisfeitas após a troca, de outra forma ela não ocorreria.

O poder do Estado está em exatamente o de coagir transações involuntárias. Se o jovem não se apresenta para o serviço militar, cadeia. Se o empresário não paga o imposto, multa. Se o motorista é pego dirigindo depois de beber uma cerveja, perde a carteira.

Todas às vezes que o Estado se interpõe na economia, seja para cobrir as chamadas falhas de mercado, seja para desempenhar seus papéis consagrados, ele atua através de um servidor, que longe de ser um homem à prova de falhas está sujeito a toda sorte de tentações que a função lhe proporciona. 

Agilizar uma CND, interpretar favoravelmente ao empresário uma regra fiscal, aliviar uma multa de trânsito, direcionar uma licitação ou aprovar leis que atendam determinado setor podem ser monetariamente muito vantajoso para àqueles que estão investidos em cargo público.

No frigir dos ovos, tentar corrigir as falhas de mercado contando com o desprendimento e a perspicácia de um burocrata é uma falha ainda maior.

O PAÍS DA CHORADEIRA

O presidente Getúlio Vargas era chamado de "pai do pobres"; já Lula é adorado por ser um presidente que mais entende e fala a língua do povo.

Faz parte da cultura brasileira desde o período colonial, passando pela monarquia, pela república velha, pelo estado novo e ditadura ver no Estado um ente interventor, onipresente, fonte de soluções e também bode expiatório de todas as culpas e erros particulares.

Nietzsche já apontava a conveniência de ter outros para expiar problemas que são na verdade nossos. Além de alívio para a consciência também nos exime de trabalhar para encontrar saídas. Se estou ganhando pouco porque o Estado não valoriza minha profissão o que mais posso fazer a não ser me resignar e aceitar meu destino ?

No Brasil este modelo de pensamento - que também é fruto de uma cultura católico-cristã - deposita no Estado grande responsabilidade. A todo momento grupos de interesse vão até o grande Leviatã para pedir providências.

Tal multiplicidade de demandas provoca o inchaço do Estado e uma série de políticas pontuais com vistas a agradar toda sorte de grupos com poder organizacional e capacidade de grito.

Pega-se a categoria dos professores por exemplo. A choradeira é contumaz. Reclamam que ganham pouco, são desvalorizados pela sociedade (seja lá o quê isso significa), trabalham sob condições difíceis e tem que lidar com a insegurança e ameaça de alunos marginais. Os dados empíricos simplesmente não sustentam a choradeira (clique aqui). Em suma, professores possuem uma carga horária flexível, férias mais amplas, ganham mais do que outras profissões com mesmo grau de exigibilidade e gozam de um ambiente de trabalho seguro.

A liberdade de associação é salutar e um traço importante que fortalece a democracia, entretanto as soluções devem ser procuradas no seio das próprias organizações, entre particulares. Quanto menor a choradeira melhor a capacidade de diagnóstico, quanto menor a dependência do Estado, menos ingerência ele terá em nossas vidas e menos justificativas ele terá para inflar, mais eficiente e ágil serão as soluções e mais desenvolvido será o país.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

LEITURAS NA NET

CLASSICAL LIBERALISM AND THE ROLE OF IDEOLOGY - ADAM GURRY (clique aqui)

CONGRESSO DOS EUA PRECISA APROVAR NOVO LIMITE DA DÍVIDA (clique aqui)

THE TRULY STAGGERING COST OF INVENTING NEW DRUGS (clique aqui)

SECRETÁRIO DO TESOURO REAFIRMA QUE POLÍTICA FISCAL É NEUTRA (clique aqui)

A ÉTICA DO CAPITALISMO E O SANEAMENTO NO BRASIL (clique aqui)

COM CRISE GLOBAL EXECUTIVOS ESTRANGEIROS VÊM A SP E CONTAM SUA RELAÇÃO COM A CIDADE  (clique aqui)

THE RULES OF MAGIC - NEW YORK TMES (clique aqui)

SLEEP AND THE PHASES OF THE MOON - THE ECONOMIST (clique aqui)

FUNNY GUYS CAN THANK BIOLOGY FOR WHY THE LADIES LOVE THEM (clique aqui)

IF HARVARD WERE A COMPANY ... - SAMANTHA SHARF (clique aqui)

WHY ARE THERE NO LIBERTARIAN COUNTRIES (clique aqui)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

LEITURAS NA NET

TAXES AND CIVILIZATION: LET'S NOT OVERDO IT - MARK MILKE (clique aqui)

QUOTE FROM C.S.LEWIS (clique aqui)

BANKING REFORM'S FEAR FACTOR - SIMON JOHNSON (clique aqui)

MATÉRIA DO NEW YORK TIMES SOBRE OS PREÇOS ALTOS NO BRASIL (clique aqui)

THE NEW GEOGRAPHY OF JOBS POR ENRICO MORETTI - BLOG DO LEO MONASTÉRIO (clique aqui)

MAGUS, O SOLITÁRIO - ALEXANDRE SCHWARTSMAN (clique aqui)

CREDIBILIDADE - DELFIM NETTO (clique aqui)

BRAZIL'S REAL ECONOMIC CRISIS LIES IN ITS OVERVALUED CURRENCY (clique aqui)

US INFRASTRUCTURE UNDERINVESTMENT VC OTHER DEVELOPMENT NATION (clique aqui)

ELES ESTÃO DE BRINCADEIRA - MARCO ANTONIO VILLA (clique aqui)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ILUSÃO DO CONTROLE


O principal problema das intervenções governamentais, na maior parte do tempo, não é sua intenção mas o que elas realmente causam.

Um dos principais vieses que agem sobre o ser humano é o da ilusão do controle. Você já se pegou sentando do mesmo lado do sofá de quando seu time ganhou da última vez, ou usando a mesma camisa, bermuda ou cueca ? Você já dirigiu depois de alguns drinks achando que pelo fato de ser você quem estará atrás do volante nada de mau irá acontecer ? Você já teve a sensação que a megasena está acumulando seguida vezes por que você ainda não jogou os seus números ?

No casino a maioria das pessoas tendem a jogar os dados com força quando desejam que saia um número alto e jogam de forma delicada quando torcem por um número menor.  A ilusão do controle é a tendência de acreditar que temos poder de influenciar resultados que estão objetivamente fora do nosso alcance. Este erro de julgamento é sistemático e atinge com especial intensidade quando aplicado a pessoas em cargos de gestão, chefia ou de poder. Pois é inerente ao pensamento destas pessoas que elas são as responsáveis pela condução da empresa, da comunidade ou da economia do país e por conta disso precisam sistematicamente tomar decisões, implantar regras, dar ordens.

Na época que o Vietnã era colônia Francesa, o governo implantou um prêmio em dinheiro para cada rato morto que fosse entregue. O objetivo era acabar com a praga dos roedores, mas o resultado foi a criação de verdadeiros viveiros do animal. Em 29 de outubro de 1984 o governo brasileiro introduzia a lei da informática, que proibia a importação de qualquer computador estrangeiro com o objetivo de fomentar a indústria nacional de PCs, o resultado foram duas décadas de apagão tecnológico.

Os exemplos são abundantes pela história e a lição que ela e a moderna neurociência nos ensina é que existem muito poucas coisas que realmente temos controle. Estão no terreno da aleatoriedade. Como se não bastasse diversos outros argumentos, este é apenas mais um a se alinhar à desejabilidade de um Estado mínimo. Quando ouvirmos no noticiário que um novo subsídio ao setor automotivo vai aumentar o investimento no setor, ou que a exigência de 60% de conteúdo nacional nos projetos do pré-sal vai gerar desenvolvimento e emprego no país, lembre-se de que tudo não passa de doce ilusão.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

LEITURAS NA NET

DOES STUDYING ECONOMICS INHIBIT COOPERATION ? - ROBERT FRANK, THOMAS GILOVICH AND DENNIS T. REGAN (clique aqui)

A BAYESIAN SOLUTION - STEVEN LANDSBURG (clique aqui)

WEALTH TAXES ? DON'T HOLD YOUR BREATH - BASELINE SCENÁRIO (clique aqui)

DÍVIDA PÚBLICA REGISTRA MENOS NÍVEL DA HISTÓRIA (clique aqui)

YES, THE MIDDLE CLASS HAS BEEN DISAPPEARING, BUT THEY HAVEN'T FALLEN INTO THE LOWER CLASS, THEY'VE RISEN INTO THE UPPER CLASS - MARK PERRY (clique aqui)

UMA PIADA E UM ESTUDO SOBRE SORTE & CARREIRA - THE DRUNKEYNESIAN (clique aqui)

ALEMANHA RECORRE AOS ASIÁTICOS PARA SOLUCIONAR PROBLEMA DE MÃO DE OBRA (clique aqui)

LEVEL OF INFINITY (clique aqui)


terça-feira, 23 de julho de 2013

QUEM GRITAR LEVA

Um trabalhador brasileiro comum, que paga seus impostos em dia e trabalha na iniciativa privada carrega uma turma da pesada nas costas. São àqueles grupos agraciados com alguma forma de subsídio intermediada pelo governo. Do exercício simples de nominar alguns destes privilegiados saiu a listagem abaixo. Podemos chamá-los de "pagadores de meia-entrada".

Sindicatos
Empresas Estatais
Estudantes
Idosos
Aposentados e pensionistas do setor público
Empresas financiadas pelo BNDES
Doadores de Sangue
Indústrias Nacionais
Universidades públicas
Senae/ Sesc / Sesi  Sest e demais empresas do sistema S
Beneficiários do bolsa família
Corinthias
Usuário do transporte público
Cartórios
Partidos Políticos
Taxistas
Zona Franca de Manaus
Filmes nacionais
UNE




segunda-feira, 22 de julho de 2013

LEITURAS NA NET

ALGO PARECE MUDADO - CELSO MING (clique aqui)

AN UNHAPPY BIRTHDAY FOR DODD-FRANK part 1- TED KAUFMAN (clique aqui)

AN UNHAPPY BIRTHDAY FOR DODD-FRANK part 2- TED KAUFMAN (clique aqui)

AN UNHAPPY BIRTHDAY FOR DODD-FRANK part 3- TED KAUFMAN  (clique aqui)

PATRIMÔNIO DO BNDES RECUA 38% EM DOIS ANOS - ESTADÃO (clique aqui)

THE TYRANNY OF POLITICAL ECONOMY - DANI RODRICK (clique aqui)

É PRECISO TER FOCO NA EFICIÊNCIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS - FERNANDO DE HOLANDA BARBOSA (clique aqui)

A INGRATIDÃO DE SERRA - ALBERTO CARLOS ALMEIDA (clique aqui)

O BRASIL PRECISA DE MENOS INTERVENCIONISMO - PÉRSIO ARIDA (clique aqui)

VANTAGENS EVENTUAIS DOBRA SALÁRIOS DE JUÍZES - ISTO É DINHEIRO (clique aqui)

MINISTRO DO TCU MUDA CERTIDÃO PARA PRESIDIR TRIBUNAL (clique aqui)

O MERCADO TRANSFORMA TUDO E TODOS EM MERCADORIA ? - THOMAS WOODS (clique aqui)

LARRY SUMMERS IS UNQUALIFIED TO BE FED CHAIR  (clique aqui)


domingo, 21 de julho de 2013

ALÔ BNDES, O DINHEIRO É NOSSO !!!

A Revista ISTO É Dinheiro traz uma matéria muito boa sobre o BNDES (clique aqui). Aliás é o que mais vem pululando na mídia ultimamente. Parece até que existe uma competição entre Petrobrás e BNDES de qual estatal desperta mais indignação e desrespeito com o dinheiro público. Lendo a reportagem eu cheguei a conclusão que a primeira coisa que o Banco Estatal deveria fazer é mudar de nome de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Brincadeira Nacional com Dinheiro Espoliado da Sociedade. Senão vejamos:
  • Empréstimo de cerca de R$400 milhões para a construção do estádio do Corinthias;
  • Liberação de linha de crédito superior a R$10 bilhões ao grupo EBX do agora quase falido Eike Batista (como garantia deste empréstimo o banco aceitou ações da OGX)
  • Financiamento de projetos em Cuba, Venezuela e Argentina;
  • Baixa contábil de R$657 milhões fruto da quebra da LBR, donas da Parmalat  e Bom gosto que se encontram em processo de recuperação judicial;
  • Empréstimo de R$2,5 bilhões a Eletrobrás para pagamento de dividendos (detalhe que os acionistas da Eletrobrás é o próprio BNDES e a União);
  • Inundação do mercado de crédito, inflando a demanda doméstica e lançando mão de políticas de análise de risco duvidosa. De março de 2012 a fevereiro de 2013 por exemplo, juntamente com a Caixa, foi responsável por 75% do aumento do estoque de crédito no país;
  • Teve a nota de crédito reduzida pelas agências de classificação de risco sob a acusação de uso político de sua administração;
  • Em dois anos o Banco perdeu 38% de seu valor de patrimônio. (clique aqui)
  • De 2004 pra cá, cerca de 79% dos investimentos efetuados pelo braço de participações do banco, BNEDSPar, tiveram desempenho abaixo do Ibovespa (clique aqui)
  • Adotou na gestão do atual presidente Luciano Coutinho uma política de eleger "campeões nacionais" para fazer grandes inversões de dinheiro com objetivo de gerar corporações brasileiras com capacidade de competir nos mercados globais; Marfrig, JBS, Oi e a tentativa frustrada, juntamente com Abilio Diniz, de fusão do Pão de Açucar com o Carrefour (clique aqui) são alguns exemplos desta megalomania;
  • Executa operações circulares juntamente com o Tesouro e outras estatais com vistas à maquiar os números de superávit primário (veja esquema resumido abaixo, retirado da reportagem da Isto é)
  • O Governo sem dinheiro para investir, resolveu o problema através de uma manobra escabrosa. Emite dívida através do Tesouro e transfere os recursos via títulos públicos diretamente para o ativo do BNDES. Por este circuito já transitou R$370 bilhões (ISSO É MUUUUUITO DINHEIRO, sugado de nós, os tolos contribuintes) desde 2007. (clique aqui)
A lista é longa mais acho que os pontos que expus até aqui já dá para ter uma boa noção das estripulias do Banco do Governo. Nunca é demais lembrar que o dinheiro do banco vem do FAT (fundo de amparo aos trabalhadores), do Tesouro que, conforme já mencionado o faz de forma criativa, e dos retornos dos investimentos feitos, seja repagamentos, seja dividendos.

Ainda vale lembrar que todas às vezes que sai dinheiro do Tesouro para o BNDES aumenta-se a dívida pública, pois os títulos emitidos pelo primeiro pagam selic (8,5%) e o banco empresta cobrando TJLP (5%) ou até menos no caso dos projetos do PSI (3%). (clique aqui para maiores detalhes)

A coisa anda tão feia que até a nossa passiva e preguiçosa oposição resolveu agir, está recolhendo assinaturas para realizar uma CPI do BNDES.

Diante disto tudo é que proponho desde já a mudança do nome - Brincadeira Nacional com Dinheiro Espoliado da Sociedade - faz mais jus ao modus operandi atual desta estatal.


72.jpg

sexta-feira, 19 de julho de 2013

LEITURAS NA NET

AS ESQUERDAS NEOBURRAS - ROBERTO CAMPOS (clique aqui)

BUBBLES FOREVER - ROBERT SHILLER (clique aqui)

RISK, UNCERTAINTY AND PROFIT - FRANK KNIGHT (clique aqui)

CONTAS PÚBLICAS NO 1º SEMESTRE. QUAL FOI O RESULTADO ?  - MANSUETO ALMEIDA (clique aqui)

THE MYTH OF CHINA'S ECONOMIC REFORM - BLOOMBERG - WILLIAM PESEK (clique aqui)

IS ECONOMICS A SCIENCE OR A RELIGION ? - MARK BUCHANAN (clique aqui)

THREE WAYS TO UNLOCK GREAT INSIGHTS - GARY KLEIN (clique aqui)

FIM DA PICADA É ACHAR QUE O GOVERNO É O DONO DA VERDADE - VICENTE NUNES (clique aqui)

OS NOVOS LIMITES DO POSSIVEL - ANDRE LARA RESENDE (clique aqui)

LISTA: TODOS OS SALÁRIOS E BENEFÍCIOS DE UM DEPUTADO - CONGRESSO EM FOCO (clique aqui)

GLASS STEAGALL: THE REAL HISTORY - MARGINAL REVOLUTION (clique aqui)

O MITO DA POLÍTICA INDUSTRIAL - ROBERTO CAMPOS (clique aqui)

PAUL KRUGMAN TUPINIQUIM - RODRIGO CONSTANTINO (clique aqui)

THE CURIOUS CASE OF THE FALL IN CRIME - THE ECONOMIST (clique aqui)

CAMBIO, BOLSA, ETC,...  - DRUNKEYNESIAN (clique aqui)

QUANTO CUSTOU BRASÍLIA - ESPECIAL VEJA (clique aqui)

LEIS COMPLICADAS - DEMOCRACIA CAPENGA

Numa entrevista realizada para o Chicago Humanities Festival, o economista Luigi Zingales, autor do excelente livro (já indicado por aqui) A Capitalism for the People, declarou que as leis mais eficientes e mais democráticas são àquelas mais simples. "Tão simples que até um congressista possa entender" - diz ele.

Refletindo sobre a questão, constata-se que ela encerra um grau de profundidade e importância que num primeiro momento pode até passar despercebido.

O ser humano não pode julgar e decidir sobre àquilo que não compreende. Obviamente a população de um país, vamos restringir nossa análise ao Brasil,  não tem obrigação de conhecer de tudo, mas numa democracia ela é convocada a tomar decisões acerca de a um amplo espectro de temas concernentes à sociedade a que pertence.

A democracia representativa surgiu para mitigar a impossibilidade óbvia do povo diretamente exercer de facto o governo das nações, cada vez mais populosas e demandantes de um número cada vez maior de serviços. Outra razão é que, ao delegar o poder de governo para um número seleto de cidadãos 100% dedicados à função, a eficiência seria majorada e o custo da administração tornar-se-ia mais sustentável

É como se o povo estivesse contratando, ao escolher o seu representante, um servidor com maior capacidade de compreender e exercer por ele a administração pública - legislar, julgar e executar.

Chegamos ao ponto destacado por Zingales. As leis podem ser simples ou extremamente complexas. Existem Constituições que não passam de 7 artigos e outras com mais de 400. Leis concisas e simples como a Glass-Steagal que regulava a atividade bancária nos EUA e que continha 24 páginas e leis complexas, detalhadas como a Dodd-Frank, uma espécie de sucessora da Glass-Stegal, com mais 250 páginas.

No Brasil a tradição legislativa é de ser uma das mais prolixas do mundo. Nossa Constituição está entre as mais extensas, nossas leis são abundantes e ricas em detalhes, tecnicismo, regras redundantes e linguagem rebuscada. É usual as leis no Brasil necessitarem de outras leis para explicar-lhe o significado e tornar-lá operacional. 

É ponto pacífico, por exemplo, a impossibilidade de estar 100% em dia com as exigências tributárias no país, dado o emaranhado absurdo de leis, regras e procedimentos - muita das vezes contraditório e ambíguo - existentes na nossa legislação fiscal. As áreas do direito civil, trabalhista, aduaneiro, criminal e administrativo também vão pelo mesmo caminho.

Nossos diletos deputados e senadores precisariam de alguns anos de leituras e aulas especiais para entenderem a maioria das leis que grassam nosso ambiente regulatório se quisessem decidir com propriedade de forma a atender os anseios de seus representantes.

A conseqüência é um excesso de invencionismo, tal é o grau de penetração das leis no país; o engessamento de mudanças haja visto o extenso número de matérias que a constituição resolveu botar o bedelho (até gratificação natalina de aposentado está regrado na nossa Carta Magna) e para mexer exige um quorum qualificado.

Mas a pior conseqüência do manicômio legislativo brasileiro é a debilidade com que representantes eleitos tomam suas decisões. Como vão tocar uma reforma tributária se não conhecem o que estão reformando ? como vão saber que determinada alteração no código trabalhista irá produzir os efeitos pretendidos pelo seus representados ?

O fato é que descambamos para uma espécie de democracia de advogados, uma democracia do marketing, uma democracia dos burocratas, uma democracia de compadres. E uma crise de representatividade.

Ficheiro:DiarioOficial escravidao35201.jpg

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A RODA DA DESGRAÇA (UM EXERCÍCIO DE LÓGICA)

A disposição do governo em atender certos setores ou grupos particulares leva a instituição de leis voltadas a privilegiá-los, que provoca o incentivo de outros agentes a perseguir o mesmo benefício, que por sua vez provoca distorções nos preços e piora da qualidade dos serviços oferecidos por estes agentes. No longo prazo esta situação se agrava e leva à manifestações/protestos que demandam políticas e políticos que se disponham a intervir no problema, levando à quebra de contratos e de confiança, que por sua vez leva ao afastamento de investidores, que condicionam o investimento à obtenção de alguma garantia (privilégio) do Estado, retroalimentando todo  o ciclo novamente.

O Brasil segue à risca esta receita. O resultado ao final é um país prenhe de um capitalismo dito de compadrio e uma democracia populista. Ao termo e ao final o Estado se torna refém de si mesmo e indigno de qualquer credibilidade.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

DISTORÇÃO IDADE SÉRIE


LEITURAS NA NET

O PIB CRESCE A 4% AO ANO - FRANCISCO LOPES (clique aqui)

ON WALL STREET, A CULTURE OF GREED WON'T LET GO - ANDREW ROSS (clique aqui)

APÓS EUFORIA - ARMANDO CASTELAR PINHEIRO (clique aqui)

THE POLITICAL ECONOMY OF THE RENT-SEEKING - ANNE KRUGER (clique aqui)

GREAT PROBLEMS: THE RENT SEEKING ECONOMY - INTELLECTUAL DETOX (clique aqui)

DIRECT DEMOCRACY AND TAXATION: AVERTING THE DOUBLE TRUMAN SHOW - AMLETO CATTARIN (clique aqui)

THE WAR OF THE SEXES - PAUL SEABRIGHT (clique aqui)

ECONOMIC VERSUS POLITICS: PITFALLS OF POLICY ADVICE - ACEMAGLU E ROBINSON (clique aqui)

THE COSTS OF GOOD ECONOMICS - JAMES KWAK (clique aqui)

PLANO DE COMPRAS PELO FED NÃO É PRÉ-DEFINIDO - VALOR (clique aqui)

DILMA SEM FRONTEIRA - MONICA BAUMGARTEN DE BOLLE (clique aqui)

O GIGANTE FALA DORMINDO - GUILHERME FIUZZA (clique aqui)

terça-feira, 16 de julho de 2013

OS 20 BANCOS QUE MAIS GANHAM COM JUROS NO MUNDO


OS 20 BANCOS QUE MAIS GANHARAM COM JUROS EM 2012

Ranking de jurosRanking geralBancoPaísReceita de juros
(US$ bi)
ICBCChina66,427
China Construction BankChina56,153
10ºAgricultural Bank of ChinaChina54,353
CitigroupEUA48.635
JP Morgan ChaseEUA45,121
Wells FargoEUA43,746
Bank of AmericaEUA41,475
Bank of ChinaChina40,853
14ºSantanderEspanha39,772
10ºHSBC HoldingsR. Unido37,672
11º13ºCrédit AgricoleFrança30,500
12º11ºBNP ParibasFrança28,687
13º39ºItaú Unibanco HoldingBrasil27,687
14º36ºBanco do BrasilBrasil23,730
15º34ºSberbankRússia23,205
16º42ºBradescoBrasil21,247
17º20ºDeutsche BankAlemanha20,964
18º31ºBBVAEspanha19,95
19º23ºBank of CommunicationsChina19,098
20º15ºBarclaysR. Unido18,358
  • Fonte: The Banker

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