quinta-feira, 13 de junho de 2013

ENFIM UMA LUZ NO PENSAMENTO ECONÔMICO DO GOVERNO

        Recheado de figurões de esquerda com pensamento estatizante, ou numa linguagem mais soft, desenvolvimentista, o governo Dilma parece finalmente - depois de tantos solavancos -  dar mais espaço para um pessoal dotado de uma visão mais ampla e saudavelmente menos ideológica do funcionamento da economia. É o time da Secretaria de Assuntos Estratégicos liderados pelo Marcelo Del Neri e o Ricardo Paes de Barros. Que eles consigam trazer  ao menos um pouco de luz às políticas econômicas deste governo petista !!

        Abaixo uma reportagem que ilustra o quanto esta turma do bem pode atacar uma das principais mazelas  do Brasil: O protecionismo. Por aqui Adam Smith ainda não passa de um nobre desconhecido. As barreiras para entrada de produtos, capital e mão-de-obra são obscenas. Já andei falando bastante aqui no BLOG sobre os dois primeiros, veja na reportagem como estamos em relação a questão da mão-de-obra.


"Nós brasileiros achamos que somos uma sociedade composta por imigrantes, mas quando se olha para os níveis, somos um décimo da média mundial", disse ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).


São Paulo - O ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, defendeu, quarta-feira (12), que o Brasil deve continuar se esforçando para quebrar as barreiras ainda existentes para permitir que profissionais altamente capacitados do exterior venham disputar o mercado interno de trabalho.
Segundo Neri, há um conceito equivocado de que o país tem as portas abertas para estrangeiros, o que é, na opinião dele, uma mentalidade que tem de ser mudada para se avançar no desenvolvimento econômico e social.
"Nós brasileiros achamos que somos uma sociedade composta por imigrantes, mas quando se olha para os níveis, somos um décimo da média mundial", disse ele ao defender que é preciso melhorar os meios de atratividade da mão de obra externa. No entanto, Neri reconheceu avanços em comparação ao quadro de 20 anos atrás quando eram emitidos em torno de 5 mil vistos por ano, número que, atualmente, passou para 73 mil.
"Ainda é pouco, mas tem um potencial de crescimento grande", apontou o ministro ao destacar o ambiente favorável na oferta de mão de obra em razão da crise em países da zona do euro e mesmo em relação ao desaquecimento da economia mundial.
O secretário da SAE, Ricardo Paes de Barros, informou que a taxa de imigração no Brasil é 0,3%, bem abaixo da média mundial de 3%, e que representa um fluxo de 6 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, a taxa está em 14% e no Canadá 21,3%.  A proposta da SAE é se atingir, pelo menos, a média mundial, gradualmente, no longo prazo.
Tanto Paes de Barros quanto Neri acreditam que a vinda de profissionais especializados poderia cobrir o déficit em algumas áreas, entre as quais a de engenharia, e com isso ampliar o grau de competitividade das empresas nacionais por meio da troca de conhecimento que pode elevar o nível de qualificação profissional no país, facilitar a adoção de novas tecnologias e levar à inovação.
Nos últimos seis meses, conforme revelou Paes de Barros,  ocorreram alguns avanços na regulamentação em favor do trabalhador de fora como, por exemplo,  a resolução do Conselho Nacional de Imigração que determinou a dispensa da obrigatoriedade de os trabalhadores estrangeiros serem pré-aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)  no caso de contratos temporários com vigência de três meses.
As informações foram dadas durante o encontro Política Migratória, Produção e Desenvolvimento, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Além de representantes da SAE, estavam presentes, entre outros membros da Câmara Oficial Espanhola de Comércio, da própria Fiesp e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Agência Brasil.

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