domingo, 10 de março de 2013

UM CONSELHO DO MELHOR BANQUEIRO CENTRAL DO MUNDO

Stanley Fischer é o banqueiro central mais respeitado do mundo. Presidindo há 8 anos o Banco Central de Israel com extrema competência e nunca deixando a inflação sair do controle. Alcançou fama e respeito entre toda comunidade econômica mundo afora.

Stanley Fisher é também reconhecido no mundo acadêmico, tendo sido professor do MIT por 11 anos, autor de livros textos em economia e orientador de Ben Bernanke (atual presidente do Banco Central americano) e Gregory Mankiw (professor de Macroeconomia de Harvard e presidente do Consil of Economic Advisers) em suas teses de pós-doutorado. Enfim trata-se de uma assumidade no assunto.

Em entrevista ao programa Conta Corrente da Globonews, ele desfilou perspicácia e conhecimento com elegância. Ao final da entrevista o entrevistador lhe perguntou: " - Se tivesse que dar um único conselho a todos os banqueiros centrais do mundo, qual seria ?"

Em linhas gerais a resposta do experiente economista foi de que o imobilismo é o pior dos erros, aguardar por um cenário mais claro para esperar agir pode ser tarde demais, pois desta forma se fica a mercê das circunstâncias e atrás da curva. É preferível agir pois na maior parte das situações a incerteza que gerou o imobilismo pode até ser esclarecida dentro do prazo esperado mais certamente virão novas.

O quê o nosso Banco Central tem mais feito nas últimas intervenções (basta ler a ata das últimas três reuniões) é exatamente isso - esperar.  Em comunicado divulgado após a última reunião em março o BC diz o seguinte:
"Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 7,25% a.a., sem viés. O comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos ..."

Quem acompanha é torcedor. A inflação oficial já vem dando as caras e surpreendendo negativamente as previsões. Esperamos que não seja tarde demais, afinal de contas o BC diferentemente da Fazenda sofre de hipoatividade.

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