É intuitivo que a corrupção é algo extremamente negativo. Diferentemente de muitos assuntos no campo das ciências sociais que surpreendem pelas inesperadas conseqüências, com a corrupção não existe tal engano. Todos sabem que se trata, enfim, de algo péssimo para se ter por perto.
O que não se sabe na maioria das vezes é o tamanho do dano. Não é só em termos financeiros que a corrupção causa prejuízo, nem tão somente no aspecto moral. Ela traz também devastação na área da inovação. Países com maiores falhas no controle da corrupção investem menos em pesquisa e desenvolvimento, possuem maior fuga de cérebros e inovam menos.
É o que aponta estudo da pesquisadora romena e professora de democracia na Hertie School of Governance em Berlim - Alemanha, Alina Mungiu-Pippidi, publicado na revista Nature.
"Inovação é chave para a prosperidade. Mas a corrupção é inimiga da inovação. Se empresas e indivíduos aspiram ser criativos, e se as sociedades a que pertencem querem fazer o melhor uso desta qualidade, competição e trabalho duro precisam ser mais valorizados do que conexões e indicações pessoais. Minhas análises mostram que a governança necessária para produzir tais sociedades virtuosas são mais raras do que se imagina". Relata Aina.
Países ranqueados abaixo do primeiro terço na escala de controle de corrupção do Worldwide Government Indicators terão pouca inovação. Das 114 democracias, apenas 35 estão acima daquela linha. Na união européia Romenia, Bulgaria, Grecia e Itália são os piores, onde os países nórdicos seguidos por Holanda, Reino Unido e Alemanha apresentam as melhores marcas de controle da corrupção. Fora da Europa se destacam Austrália, Canadá e Nova Zelandia. Estados Unidos é o país mais populoso entre os que apresentam boas políticas de governança e controle desta praga.
É impressionante a correlação entre inovação e corrupção. Veja no gráfico abaixo.
Para quem quiser ler na íntegra o excelente artigo. o link se encontra aqui.
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