Na economia temos governo de mais. Na segurança temos governo de menos.
Onde ele deveria estar não está e vice-versa.
A presença ostensiva do Estado nas coisas econômicas (seja subsidiando grandes empresas, seja tomando poupança do trabalhador, seja fechando as fronteiras à importação, seja esgarçando a máquina tributária para fazer assistencialismo) afasta a iniciativa privada, o empreendedorismo e a inovação.
Já na segurança, onde a intervenção estatal seria, mais do que bem vinda, muito necessária, o governo se omite. E, seguindo a mesma lógica aplicada á questão econômica, só que no sentido inverso, onde ele deixa de atuar, a sociedade civil preenche os espaços. São justiceiros, milicianos e grupos de extermínio que tomam as rédeas da aplicação institucional da lei e resolvem ser polícia, ministério público, juiz e carrasco, tudo ao mesmo tempo.
Temos enfim o pior dos mundos em ambos os cenários, pois estamos indo na contra-mão da história. Somos o país com um peso estatal entre os maiores do mundo (o estado sorve 40% do PIB) e com os piores índices de violência global (o Brasil possui 5 entre as 15 cidades mais violentas do mundo).
Em resumo, não precisamos de meia entrada no cinema, nem de universidade gratuita, precisamos sim de uma polícia bem equipada e motivada para prender o bandido. Não precisamos de Copa do Mundo, nem de portos em Cuba, precisamos sim de um sistema judicial célere e que bote o marginal na prisão. Não precisamos de bancos públicos, nem de gasolina subsidiada, mas sim de prisões estruturadas para manter o preso decentemente tratado e isolado do contato de bandidos soltos.
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