terça-feira, 28 de maio de 2013

A ENTIDADE



VOCÊ CONHECE ESTA ENTIDADE ?

Uma entidade que roga para si a representatiidade do povo. Povo ?
(Povo aqui nada mais  é do que uma abstração, uma idéia muito ampla, vaga, extremamente heterogênea, tendo, portando, um caráter um tanto quanto opaco e convenientemente impreciso. Esta "coletividade" de dois em dois anos é obrigada a escolher um abençoado - que possivelmente nunca vira na vida e não sabe nada a seu respeito - para ser o seu ilustre representante)

Esta entidade existe para administrar recursos que não lhe pertence, através de uma estrutura hierarquizada montada pelos tais representantes escolhidos. Estes contratarão servidores, onde um funcionário de "alto escalão" precisa de um subalterno para fazer seu trabalho, que por sua vez precisa de outro subalterno, e assim por diante. 

Os recursos supostamente "geridos" por esta entidade nada mais é do que dinheiro drenado de todos nós para serem:

  • dados como salários aos servidores da própria entidade;
  • repassados às classes menos abastadas (mas que também tiveram no primeiro momento seu dinheiro drenado) em forma de saúde de péssima qualidade, educação de péssima qualidade, segurança de péssima qualidade, infra-estrutura de péssima qualidade e até mesmo dinheiro em espécie mesmo, na forma de bolsa qualquer coisa (marketing é tudo...)
  • para uso pessoal de altos funcionários da entidade, e
  • repassados às classes mais abastadas, sejam elas donas de empresa, estudantes universitários, ex-funcionários da entidade, ou amigos próximos dos altos funcionários da entidade.

Se você parar para refletir então, no fundo no fundo, a tal entidade tira de muitos e dá para alguns. Aproveito nesta altura para lhe perguntar: A quem eles realmente representam ? O tal povo ou àqueles que deram dinheiro para eles se tornarem suficientemente famosos a ponto de serem escolhidos ?

Esta entidade detém o monopólio da força. Quem não pagar as diversas formas de boleto emitido pela entidade (seja sob o nome de imposto, taxa, multa, contribuição temporária ou tarifa) é trancafiado.

Esta entidade também não deixa você fazer o quê quiser com o dinheiro que lhe restou (do que sobrou após o pagamento dos boletos emitidos por ela):

  • Se você quiser, por exemplo, comprar produtos de fora da área controlada por ela (que são considerados estrangeiros) vai precisar de licença, autorizações, taxas extras, cotas, permissões, etc,... o que acaba restringindo onde e de quem você pode comprar;
  • Se você quiser abrir uma fábrica, vai ser obrigado a pagar o imposto de toda a cadeia, ou seja, de quem comprou da sua fábrica, de quem comprou de quem comprou da sua fábrica e assim por diante (a entidade chama isso de susbtituição tributária);
  • Na mesma fábrica você terá que contratar um percentual da sua força de trabalho para trabalhar para a entidade (é o pessoal do fiscal), também tem que gastar colocando um ponto eletrônico obrigatório, vai ter gastar para pagar sindicatos e vai ter gastar para criar e manter uma contabilidade paralela voltada para às vistas da entidade (chamada de  contabilidade fiscal) que, independentemente se o negócio der lucro ou prejuízo, o boleto da entidade tem que ser pago.
Ok, ok, ok. Mas e se você não tiver contente em viver sob a égide desta tal entidade? (Afinal de contas quem inventou esta praga e pra quê ? Isto é assunto para outro post) Terá basicamente duas opções: ou descumpre suas regras e vai para a cadeia ou muda para o estrangeiro abandonando por aqui família e amigos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores

Economia (23) Brasil (20) Estado (20) desenvolvimento (14) Dilma (13) democracia (13) inflação (12) política (11) PIB (10) governo (10) investimentos (10) sugestão de leituras (9) BNDES (8) corrupção (8) crescimento (8) história econômica (8) moral (8) Capitalismo (7) Mantega (7) Petrobrás (7) liberdade (7) EUA (6) dívida (6) educação (6) gasto público (6) intervencionismo (6) rent-seeking (6) carga tributária (5) lei (5) produtividade (5) protecionismo (5) Adam Smith (4) Impeachment (4) Marx (4) Mercado (4) cidades (4) ciência (4) egoísta (4) eleições (4) impostos (4) liberalismo (4) projeção (4) socialismo (4) Caixa Econômica (3) China (3) Friedman (3) Lula (3) Manifestações (3) The Economist (3) capitalismo de compadrio (3) constituição (3) crise financeira (3) economia comportamental (3) filosofia (3) impunidade (3) instituições (3) mensalão (3) superávit primário (3) violência (3) Banco Central (2) Bancos (2) David Friedman (2) Eike Batsita (2) Estatal (2) Fernando Henrique (2) PT (2) Roberto Campos (2) américa latina (2) analfabeto (2) balança comercial (2) compadrio (2) comportamento (2) comércio (2) confiança (2) confisco (2) conjuntura (2) consumo (2) desenvolvimentismo (2) desregulamentação (2) economistas (2) filosofia moral (2) finanças (2) frases (2) gastos (2) imposto (2) juros (2) justiça (2) marcas (2) pessimismo (2) previdência social (2) preço (2) privatização (2) reformas (2) representatividade (2) serviço publico (2) welfare state (2) Ambev (1) André Lara Resende (1) Apple (1) BETO RICHA (1) Banco Mundial (1) Bastiat (1) Big Mac (1) Bill Gates (1) Cato Institute (1) Chaves (1) Cisne Negro (1) Coréia (1) Deirdre McCloskey (1) DÉBT (1) Energia (1) Estado do bem estar social (1) Europa (1) FED (1) FHC (1) FMI (1) Facebook (1) Forbes (1) França (1) G20 (1) Gasto (1) H.L Mencken (1) Hume (1) ICMS (1) IPCA (1) Ilusão (1) Joaquim Levy (1) Jornal Nacional (1) Keyenes (1) Keynes (1) Krugman (1) LRF (1) Leviatã (1) Lutero (1) MST (1) Malthus (1) Mansueto Almeida (1) Mercosul (1) Michael Huemer (1) Ministério (1) Miriam Leitão (1) México (1) Nature (1) Nelson Rodrigues (1) Oposição (1) PARANÁ (1) Pesca (1) Reeleição (1) Ricardo (1) Risco Brasil (1) Ronald Coase (1) SAE (1) Santa Maria (1) Schumpeter (1) Seguro Desemprego (1) Selic (1) Simonsen (1) Stanley Fischer (1) The Machinery of Freedom (1) Toqueville (1) Veja (1) Von Mises (1) Walter Williams (1) Watsapp (1) alienação (1) analfabetismo (1) apocalipse (1) assistencialismo (1) autoengano (1) bailout (1) bolsa família (1) causalidade (1) censura (1) cinema (1) comunismo (1) conformismo (1) consumismo (1) contas públicas (1) controle (1) correlação (1) costumes (1) cotas raciais (1) crime (1) crise (1) critérios de medição (1) crédito (1) cultura (1) custo brasil (1) desemprego (1) desperdício (1) dever moral (1) discriminação (1) discriminação pelo preço (1) discurso (1) débito (1) econometria (1) educação pública (1) eonomia (1) espirito animal (1) felicidade (1) filantropia (1) fiscal (1) fisiologismo (1) funcionário público (1) ganância (1) governo; Iron law (1) greve (1) gráficos (1) guerra dos portos (1) icc (1) idiota (1) ignorância (1) igualdade (1) imobilidade (1) imprensa livre (1) incentivos (1) indivíduo (1) ineficiência (1) inovação (1) instituição (1) intuição. (1) livre comércio (1) livre mercado (1) macroeconomia (1) matemática (1) miséria (1) moeda (1) monopólio (1) monopólio estatal (1) mão-de-obra (1) negócios (1) neurociência (1) nobel (1) obras públicas (1) orçamento (1) padrão ouro (1) planos de saúde (1) poder (1) poder de compra (1) político (1) povo (1) preços (1) prisão (1) professor (1) recompensa do fracasso (1) renda (1) representação (1) retórica (1) saúde (1) segurança (1) shared spaces (1) shopping centers (1) sociedade (1) sociologia (1) subsídio (1) totalitarismo (1) trabalho escravo (1) tragédia (1) transporte público (1) troca (1) trânsito (1) urna eletrônica (1) utilidade (1) utopia (1) viéses (1) voto (1) vídeos (1) xisto (1) óbvio (1)

Postagens populares