O BNDES serve como promotor dos interesses do Estado, também conhecido como "estratégicos". Para conseguir o dinheiro barato do banco estatal não precisa ser eficiente pela lógica do capitalismo de mercado mas sim pela lógica do capitalismo de compadres. A destruição criadora vira destruição inibidora.
BNDES deve bancar aumento de capital de empresa de Eike
Bilionário deve vender participação na MPX para o grupo alemão E.ON e depois fará IPO com participação do banco estatal
Eike Batista: nova parceria com E.ON a caminho (Patrick Fallon/Bloomberg/Getty Images)
O empresário Eike Batista deve vender uma nova fatia de sua empresa de energia, a MPX, para a alemã E.ON, que já possui 10% de participação na companhia. A MPX também deverá fazer um aumento de capital, que deve ser bancado pelo banco BTG, com participação do BNDES e da gestora de recursos Gávea (que estava de fora do acordo inicial mas, na semana passada, entrou no negócio).
O alemão Johannes Teyssen, presidente da empresa de energia E.ON, desembarca terça-feira no Brasil para assinar o contrato com Eike Batista. Há duas semanas, representantes da E.ON estiveram no Rio de Janeiro para acertar os termos finais do acordo. Segundo fontes próximas ao negócio, os alemães vão desembolsar 1,8 bilhão de reais por metade das ações de Eike - que representam cerca de 27% do capital da MPX.
Com isso, a empresa alemã, que tem 10% da companhia, ficará com uma participação inferior a 35% do capital da MPX, e se verá livre de consolidar a dívida bilionária da companhia de Eike em seu balanço.
A conversa com os alemães já dura mais de um mês e faz parte de uma reação de Eike à crise que suas empresas vêm enfrentando desde o ano passado. A venda de uma fatia maior para a E.ON é a primeira grande transação feita pelo grupo EBX depois da parceria firmada com o banco BTG, de André Esteves.
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