A economia brasileira está em plena estagflação. Crescendo a 1% com inflação superior a 6%. Para a presidente Dilma o remédio para combater a inflação, ou seja aumento dos juros, não pode matar o doente (creio que como doente ela deva entender o crescimento do PIB). Mas aí faz o quê ? Aplica-se outra medicação, pede para os governos postergarem aumento das tarifas de transporte, segura o preço da gasolina, posterga a redução do IPI dos veículos, impõe na marretada redução da tarifa de energia, e por aí vai desfilando uma lista de intervenções pontuais. Para ficarmos então na metáfora do doente, seria algo como tratar uma gastrite com chá de erva cidreira e banho quente. A chance de evoluir para um ulcera é enorme.
A independência do Banco Central não existe. O governo, através do BNDES, gasta o quê quer, quando quer e sem precisar de escrutínio do legislativo. Temos o banco de fomento mais ativo do mundo - O BNDES representa 21,1% de todo o estoque de crédito da economia. O superávit primário é maquiado descaradamente e o investimento não dá sinais de vida há muito tempo.
A independência do Banco Central não existe. O governo, através do BNDES, gasta o quê quer, quando quer e sem precisar de escrutínio do legislativo. Temos o banco de fomento mais ativo do mundo - O BNDES representa 21,1% de todo o estoque de crédito da economia. O superávit primário é maquiado descaradamente e o investimento não dá sinais de vida há muito tempo.
O pensamento econômico petista é arcaico, atrasado e ineficiente. Para a equipe econômica a inflação se combate com reunião em mesa redonda com empresários em Brasília. Juros altos é para dar boa vida a banqueiro e desenvolvimento se faz com indução do Estado. O câmbio tem que ser mantido em rédea curta e o protecionismo contra importações é necessário para preservar a indústria e empregos "nacionais". Privatização só se for com outro nome (concessão) e com a taxa de retorno que o Governo decidir.
Na década de 60 Castelo Branco praticou uma política econômica liberarizante, fez reformas horizontais (que atingiam toda economia de forma uniforme) e controlou os gatos públicos. Médici colheu os frutos, daí veio a crise do petróleo no final da década de 70 e o governo Geisel optou por resolver o problema via estatismo, gastos governamentais e elegendo empresas "estratégicas" para investir. Resultado: década perdida (80) e hiperinflação.
Ora, ora, ora e não é que a história se repete... Fernando Henrique e o Lula na época em Palocci era ministro da Fazenda, fizeram reformas importantes, foram intransigentes com a inflação e respeitaram o mercado livre. Quem colheu os frutos ? Lula de Mantega em diante e Dilma. Agora a crise não é do petróleo e sim a dos subprime, mas a reação tresloucada é a mesma. Intervenção, gasto e promoção do desarranjo dos preços relativos do mercado através de medidas pontuais para favorecer aos amigos do Rei. Estamos vendo exatamente o mesmo filme se repetir.
A boa notícia é que hoje contamos com instituições democráticas maduras, de forma que já já o PT será desalojado do planalto, via eleições, pelos resultados medíocres na economia. Nossa imprensa é livre e de qualidade para criticar e difundir e nosso judiciário é independente para colocar mensaleiros e fichas sujas longe dos processos eleitorais.
O PT está conseguindo jogar no lixo a obra de seus antecessores que debelaram a hiperinflação e construíram os pilares que mantiveram a confiança do povo em sua moeda. Mas antes que dê tempo deles completarem o estrago serão apeados do poder, pois uma coisa que o brasileiro aprendeu a detestar é preço alto. Xô pra lá inflação !!!
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