No ano passado mais de 12 milhões de brasileiros prestaram concurso público para cerca de 180 mil vagas.
Uma das áreas que mais crescem no país - 40% ao ano - é a de cursinhos preparatórios para quem quer concorrer a uma vaga no serviço público. É comum encontrar "concurseiros" que estão há 4 ou 5 anos tentando aqui e ali passar para o tão sonhado emprego estável, fazendo disso uma profissão.
O salário médio de um funcionário público é cerca de 50% maior do que o da iniciativa privada, dados os mesmos níveis de qualificação e exigência.
Mais de 8% da população ocupada no país é de funcionários públicos. (aqui)
Exemplos obscenos são encontrados todos os dias desde a promulgação da lei que obriga a publicação de salários dos servidores públicos. Em São Paulo foi encontrado um juiz que ganhava R$711.170 por mês. E este está longe de ser um caso isolado.
Pelas vantagens e privilégios que a carreira estatal oferece, muita gente talentosa e de alto QI são atraídas para estes cargos. O que obviamente num pais de escassa mão-de-obra qualificada provoca um dano grave na produtividade da nossa economia. Tão logo um cérebro destes adentra o serviço público a única função que dele se exigirá é a de prover o Estado com maior burocracia e melhores tecnologias de extração do dinheiro alheio em forma de tributos. Isto não gera riqueza.
Num país onde o sonho da maioria dos jovens é se tornar um juiz, ou um auditor fiscal, ou um conselheiro do tribunal de contas, o capitalismo deixa de seu um sistema econômico para se tornar um método eventual de geração de rendas a serviço de quem deveria servir.
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