Se temos alguma obrigação importante como indivíduos, esta é a de não ter uma visão tola (e romântica) acerca dos homens da política.
Vê-los como sendo diferentes do homem biológico (e portanto suscetíveis a todos os tipos de incentivos, fraquezas, ambições e receios deste espécime) esta no cerne de todos os males das sociedades subdesenvolvidas.
O tempo do despotismo, do mandato divino, da superioridade de determinada linhagem já deveria ter sido supostamente superada pela era da razão, desde Decartes, e não caberia, portanto, qualquer dúvida quanto a falibilidade dos que governam.
A democracia enjambrada pelo gregos e a divisão dos poderes conforme receitada por Montesquieu não foram suficientes para por a turma que desempenha a nobre missão de governar "on tracks".
Poder de escolher o próprio salário, fórum privilegiado, estabilidade de emprego, instituição de monopólios, obtenção de financiamentos subsidiados,perpetuar parentes e apadrinhados na sucessão, poder de tributar, poder de conceder privilégios (nacos do imenso orçamento) a grupos que lhe interesse, plano de saúde diferenciado, plano previdenciário diferenciado, são alguns dos benefícios que a casta "iluminada" roga pra si às expensas de "nosotros", o povo.
As leis da torpeza humana são aplicáveis a toda espécie…...humana. Deveríamos impor a classe política, pelo menos, o mesmo escrutínio dos demais trabalhadores (porque é isso que eles são, não me venha com a balela de servidores missionários públicos). Demissão em caso de incompetência, salário determinado pela produtividade, currículo compatível com a função desempenhada, código penal, crininal, tributário e todos os outros aplicados da mesma forma e... Concorrência (exceto para as funções fundamentais de aplicação da justiça e da segurança).
Como iremos saber se um hospital, um banco, uma escola ou uma petroleira é melhor administrada pelo Estado ou pela iniciativa privada se não temos concorrência ?
Já passou da hora de tirarmos a venda dos olhos e deixar que a razão seja realmente plena. Ideologia ou a crença em seres superiores destinados à administração e condução de um país não coaduna com a realidade, nem tampouco com o que a história e o cotidiano (todo dia) nos ensina. Basta ler os jornais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário