sábado, 29 de março de 2014

A MAIOR DE TODAS AS INVENÇÕES

Pense nos atributos que uma invenção muito bem sucedida deva ter. Para facilitar o raciocínio vamos desenvolver o argumento de trás pra frente. Iremos descrever alguns atributos e refletir se eles fariam parte de um empreendimento de sucesso.


  • Possuir seguidores (clientes) que lhe adorem - com uma convicção quase que religiosa;
  • Render aos seus sócios, apoiadores e empregados fontes abundantes de riqueza;
  • Eliminar a concorrência;
  • Distribuir dividendos e salários independentemente da existência de lucro;
  • Ser a solução para os problemas que o próprio empreendimento cria, num ciclo de retroalimentação constante;
  • Poder obrigar as pessoas, a força se preciso for, a consumir, usar ou comprar seu produto;
  • Não se preocupar em cumprir regras, pois afinal de contas, elas são criadas pelos próprios dirigentes do empreendimento;
  • Ter acesso a matéria-prima e outros insumos de forma exclusiva ou prioritária e escolher o formato de extração e uso dos mesmos;
São vantagens avassaladoras e inimagináveis para qualquer tipo de negócio…menos para um específico: o Estado.

Ele foi criado em seus primórdios em sociedades pré-tribais para prover a um grupo de pessoas poder e recursos temporários em tempos de guerra. Em troca ele entregaria a administração da justiça, a organização de tarefas e estratégias de combate com o objetivo de defesa.

Esta entidade foi se aperfeiçoando e se legitimando através de teorias especialmente elaboradas para lhes justificar sua existência.

Atualmente a coisa ficou tão inscrutada nas mentes e corações que o simples fato de especular sobre sua existência, já garante ao seu autor adjetivos mais depreciativos do que àqueles atribuídos aos infiéis pela Santa Inquisição na idade média.

Não resta a menor dúvida portanto que a maior de todas as invenções produzidas pelo engenho humano seja conferido ao Estado. Não aquele Estado objeto de uma evolução natural e resultado da forma mais eficaz que as sociedades encontraram para se organizar. Mas o atual, que conseguiu pra si a imagem de intocável, insubstituível e senhor de todos os destinos de um povo.

terça-feira, 4 de março de 2014

O MUNDO É VERMELHO

A mais fria e pura verdade sobre o Capitalismo é que ele é um sistema gerador de perdedores.  Isto obviamente é uma fonte de inconformismo e de interpelações morais e dogmáticas.

O novo substituindo o ultrapassado, tecnologias mais eficientes realocando ou desempregando grandes quantidades de mão-de-obra e empreendedores inovadores causando falências de ramos inteiros de atividade. 


A este processo dinâmico de transformação o economista austríaco Joseph Schumpeter deu o nome de "destruição criativa". É ao mesmo tempo a característica que mais traz desenvolvimento e bem-estar a humanidade por um lado e a que mais recebe críticas por seu efeitos colaterais por outro lado.

O caixa de estacionamento que perde o emprego para a máquina automática, o estivador que perde o salário para a empilhadeira, o dono da empresa de autopeças que tem que fechar as portas por conta do concorrente chinês, o funcionário público que perde a estabilidade e pensão integral pela privatização da sua indústria, todos são perdedores que farão barulho e pressionarão seus representantes políticos para de alguma forma travar o processo.

Nos últimos 200 anos a ascensão do modelo de produção capitalista causou uma revolução nunca antes vista na história humana. Hoje grande parte do mundo ocidental (e cada vez mais em partes abrangentes da Asia) vive em condições materiais acima daquelas experimentadas por reis e imperadores da Idade média. Vive-se mais e melhor, trabalha-se menos, nenhum lugar do mundo esta fora do alcance dos nossos aviões ou dos nossos satélites de comunicação. Isto é fruto dos incentivos proporcionados pelas instituições caras ao modelo capitalista: propriedade privada, império da lei e livre comércio.

Mas o crescimento não ocorre de forma homogênea. Ele também não se preocupa com os   deficientes físicos, iletrados, idosos e todos aqueles que são produtivamente incapazes. Este contingente lutará para, ainda que não façam parte da geração de riqueza, ter sua cota na divisão da torta. O paradoxal é que a História já nos ensinou que mesmo para estes desafortunados nenhum outro modelo proporcionou-lhes melhor bem-estar.

Talvez o maior desafio do capitalismo nos dias que correm é de propaganda. Àqueles que advogam pela sua implantação, intensificação e espraiamento estão falhando fragosamente em fazer com que o público entenda os seus benefícios. Engana-se os que pensam que o socialismo é carta fora do baralho desde a queda do muro de Berlim. Ele apenas deixou de ter uma nação como modelo (vamos desconsiderar Cuba e Coréia do Norte) para ter modelos dentro de nações.

Socialismo  significa, entre outras coisas, criar órgãos políticos para fornecer bens e serviços que de outra forma seriam oferecidos de maneira privada no mercado. Previdência pública, saúde pública, educação pública, crédito subsidiado, empresas estatais, meia-entrada, bolsa família, benefício fiscal, cotas de importação, subsídios agrícolas, são todos exemplos descarados de socialismo.

Veja no mapa abaixo feito pela World Maps destacando em vermelho os países onde impera atualmente políticas socialistas e de azul àqueles que o livre mercado ainda sobrevive majoritariamente, para se ter uma idéia de como anda grave a situação daqueles que sonham um mundo livre.




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