sábado, 31 de janeiro de 2015

The Age of State

Nosso século ficará conhecido para a posteridade como The Age of State.

O número de funcionários públicos a serviço da burocracia estatal é assombrosamente maior do que em qualquer época que nos precedeu (No Brasil são mais de 25% da força de trabalho, nas monarquias absolutas européias da idade média, o staff permanente e remunerado do rei mal chegava a casa da centena)

O Gasto público é a face mais aguda deste processo de estatitzação de tudo. O gasto per capita nos EUA na época em que os fouding fathers resolveram ir a guerra para independência dos EUA era de U$ 0,67. Nos dias que correm este montante roda na casa de U$ 12 mil.

Os impostos são a principal fonte de financiamento dos gastos. No Brasil, nos tempos do império nossa carga era 5% do PIB, hoje 40%.

A crueldade também é impar. Ninguém matou mais neste século do que o governo, em seus próprios países (não estou falando portanto de guerra entre nações). Stalin ceifou mais de 60 milhões de vidas soviéticas, Mao Tse Tung, riscou do mapa cerca de 30 milhões de chineses e Hitler mais de 16 milhões de alemães.
Ora, nem se os reis e imperadores de épocas imemoriais quisessem, obteriam êxito em tal intento, simplesmente por não terem poder suficiente para isto. Os exércitos nem eram  permanentes e as somas de dinheiro, como fração da riqueza de toda nação, que seguia para os cofres reais não são nem sobras do que gozam hoje os governantes mundo afora.

Os gastos em todos os países que se tem registro só tem uma direção: A ascendente. Nenhum país, teve retração de gastos, em relação ao PIB, nos últimos 80 anos.
Keynes é o deus desta turma. Não importa se o renomado economista inglês tenha recomendado aumento de gastos apenas em períodos de resceção e que, portanto, os incentivos montados deveriam ser removidos quando a bonança chegasse, o que importa é gastar, gastar e gastar e depois basta responder: "política keynesiana" para apresentar as justificativas. 

O mais trágico é  que virou um moto contínuo. Teremos mais do mesmo. A solução pronta no discurso e mente de governos e governados é: "Estado, me ajude !"

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O VERDADEIRO TESTE

Quando eu estava na academia militar certa vez o tenente me colocou para patrulhar uma área juntamente com um companheiro que era tido como o sujeito mais chato da turma.

Ao final da missão eu não achei o cara tão mau, simplesmente ele tinha uma mania pouco admirada entre os seres humanos que era de dizer o que pensa de forma direta e sem rodeios. Esse tipo de comportamento incomoda muita gente.

Ao final e ao cabo o tenente me elogiou pelo desempenho e companheirismo, mas uma coisa que ele me disse foi especialmente marcante para mim, algo mais ou menos assim: "olha, se relacionar e se dar bem com pessoas simpáticas, brincalhonas e parecidas conosco é fácil, o difícil e o verdadeiro diferencial é se dar bem com os diferentes, com os 'malas'".

Isso tudo para traçar um paralelo com o artigo do Ives Gandra que li hoje na Folha acerca de mais uma declaração vinda dos lados do planalto central sobre a "necessidade" de democratizar ou regular economicamente ou socializar a mídia. Trocando em miúdos, censurar a imprensa.

Tivesse as capas das revistas e os programas de rádio e televisão tecendo loas ao desempenho do governo e elogiando seus feitos certamente a tal "necessidade" de regulação social não viria à baila. Entretanto, e aí vai toda a moral da história, é exatamente quando a mídia denuncia, critica, investiga e faz chacota com o governo de plantão que se prova realmente a existência da liberdade de imprensa. Ouvir e ler que você é um estadista visionário é muito fácil, difícil é aceitar te chamarem de ladrão, corrupto e incompetente. Aí é que se mostra se as suas instituições estão mais pra Venezuela ou para os EUA.

E olha que nem somos um país que pode ser reconhecido exatamente como um primor de liberdade de imprensa. Estamos na intermediária da régua (que vai da total liberdade até a censura total). Mais detalhes neste link na página 79. Os motivos de sermos mediocremente classificados são devido a coisas como: ações judicias contra jornais e jornalistas, violência contra repórteres e censura imposta por normas legais.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

BALAIO DE GATO

Roberto Campos dizia que burocrata corrupto tem poder de mais e salário de menos. 

O balaio de gato que são estas estatais é coisa pra qualquer marciano que descesse na terra agora pedir para vestirem-no com camisa de força.

A Petrobrás é, para efeitos legais, uma empresa mista de capital aberto. Sentado na cabeceira de seu conselho de administração esta um ex-ministro de estado, os órgãos responsáveis por fiscalizá-lo pertencem ao seu acionista-majoritário, os principais cargos de direção estão tomados por diretores abertamente encarregados de fazer política de governo.
A estatal do ouro negro era a única coisa que a administração petista tinha com caixa para brincar de fazer investimento e de quebra dar uma segurada na inflação.

Os preços de seus produtos são determinados por qualquer coisa menos algo que se assemelhe com a interseção entre oferta e demanda. Não sabe-se onde circula mais bandido, no Bangu I ou nos corredores da Petroleira.

Estão colocando os lobos para cuidar das galinhas e lambuzando-as com molho barbecue para realçar o sabor. A conflito de interesse e o chamado risco de agência são flagrantes. 
Segregação de função zero.
Governança corporativa zero.
Accoutability zero.
Gestão voltada para lucratividade zero.
Transparência zero.

Soma-se a isso o fato de ser uma empresa, como toda estatal, monopolista e que movimenta bilhões de dólares por mês. É pedir para ser roubado. 
Afinal de contas: O Petrolão é nosso !!!

NEM TUDO É O QUE APARENTA SER

No campo da economia existem cemitérios e mais cemitérios de políticas públicas, leis e planos governamentais repleto de boas intenções, mas que espalharam destruição, dor e multiplicaram a miséria.

A notícia que choca à primeira vista mostra uma coisa, mas aquilo que não se vê (para ser caro a Frederic Bastiat) é onde mora o significado mais completo do cenário.

Reportagem do Estadão (aqui) noticia a visita de 3 jovens blogueiras de moda da Noruega ao Camboja para conhecer as condições deploráveis das trabalhadoras da indústria têxtil daquele país.

Emocionadas com a realidade das costureiras cambojanas, as escandinavas caem no choro.  O salário é de U$ 130 por mês, trabalhando 7 dias por semana, 12 horas por dia.

Entretanto o que precisa ser analisado na verdade é: Qual seria a alternativa? Caso as grandes marcas da moda internacional não contratassem o serviço desta mulheres, elas estariam em melhores condições?
Não. Estariam servindo a prostíbulos, mendigando nas ruas ou labutando nas lavouras sob sol cerrado, ganhando menos da metade e dormindo ao relento.

O problema não é o capitalismo ou as empresas capitalistas, mas governos e instituições extrativistas que vigoraram anos e anos em países com baixo grau educacional, preconceitos medievais e desconectados do mundo. Países como o Camboja e Cuba que viveram décadas sob regimes ditatoriais e que só agora começam a permitir, seguindo o exemplo chinês, a brisa do mercado.

MONOPÓLIO

Uma das propagandas prediletas que os defensores do estatismo gostam de usar é a tendência que o capitalismo, supostamente, quando deixado por si proprio, de desembocar em arranjos monopolistas.

E como os luminares resolveram a questão ?
Criando o maior e mais absoluto monopólio de todos eles: O Estado

Michael Huemer, no excelente livro (vocês tem que ler este livro) "The Problem of Political Authority" diz em uma das passagens sobre o tema:
"The fact that an organization is labeled a 'government' rather than a 'business' will hardly render its actions beneficent if the actual incentive structure it faces is the same as that of a monopolistic business."

Pois é, parece que o ser humano moderno (especialmente aqui em terra brasilis) vem dotado com um chip que quando ouve a palavra "governo" ou "Estado" desliga do cérebro toda lógica - desde as leis da física até a simples realidade factual.

Ainda sobre o assunto, em outro livro (The Machinery of Freedom), David Friedman, nos traz uma história para ilustrar o tal "apagão" cognitivo que nos acomete quando o assunto é o Estado. Senão vejamos:
"…No início do seculo XIX, quando as ferrovias começavam a se tornar muito importantes, alguns empresários conceberam a idéia de, em de vez cavalos, levar as correspondências postais através do trens. Na época empresas de correios privadas já não eram permitidas por lei, mas tal norma não era rigorosamente imposta. Os empresários saíssam-se muito bem até o dia que se inscreveram num leilão do governo federal para se encarregar de entregar todas as correspondências oficiais oferecendo para isto 1/5 do preço que o U.S. Post Office estava cobrando. A estatal então viu que àquele negócio já tinha ido longe demais e passou a cobrar a aplicação da lei exterminando qualquer concorrente. Os empresários então foram postos para fora do negócio e a estatal passou a roubar-lhes a idéia e entregar as correspondências por ferrovia".

TRANSPORTE PÚBLICO

Tudo que é público esta fadado ao descuido, à gestão relaxada e ao desperdício.

Simplesmente por não prover os incentivos (sempre eles) certos para ser bem administrado. A história (sempre ela) está repleta de evidências. Tudo o mais é balela.

Estamos vendo a zona que se transformou a questão do transporte público. Eu lhe pergunto: Pra quê o governo mete a mão neste serviço ? 

Em Curitiba os servidores entraram em greve porque não recebem salário há mais de dois meses. 

Foi criado em Curitiba um bloco intermunicipal que engloba a capital e diversos outros municípios que formam a região metropolitana.

O preço cobrado do usuário não cobre sequer os custos e para fechar a conta os municípios se comprometeram num passado distante que cada um completaria o valor às empresas que prestam o serviço. O Estado arcaria com a coordenação e mais uma parte do subsídio.

Quais as chances que você acha disso funcionar ?

Este enredo, com uma ou outra emenda, é o mesmo pelo país afora.

Como resolver ? Simples. Deixa que o mercado irá prover o serviço. Deixa a iniciativa privada colocar seus ônibus, trens, metros, barcos, peruas, motos, limusines, helicópteros, micro-onibus, teleférico, carroça, automóveis, enfim o meio que for mais adequado a determinado cliente, com determinada condição dada pelo mercado e negociado livre e voluntariamente entre as partes.

"Ah mais aí surgirão os monopólios, ou cartéis que vão se juntar para explorar o povo e cobrar preços altos", é o que dirão os amantes do big government (como sempre).

CLARO QUE NÃO !!!!
Pegue o exemplo do tranporte de cargas (pessoas também são cargas) aqui mesmo no país. Existem mais de 20.000 empresas que prestam este serviço. Estas transportadoras levam e trazem toda a carga que é movimentada, neste país continental, atendendo a hora, da forma e como o cliente quiser. Ninguém entra em greve e ninguém enche o saco fazendo protesto. Por quê ? Porque praticamente não existe barreira de entrada, porque a negociação é livre entre o contratante e contratado e com isso se formou, pela ausência maligna do Estado, um mercado de concorrência quase perfeita.  

20 toneladas de carga seca são transportados por 1.000 km por exemplo por R$4.000,00 (com seguro incluso). Você pega o telefone e terá a disposição pelo menos umas 50 opções, esteja sua carga onde for.

Com relação ao transporte de passageiros, num prazo curto, caso se desrregulasse e privatizasse todo este setor, a configuração deste serviço estaria mais ou menos, com a mesma feição que o transporte de cargas.

Ainda que a coisa caminhasse para uma improvável formação de cartel, eles não poderiam praticar preços maiores que um novo concorrente pudesse fazê-lo. O preço estaria limitado não por quanto o tal cartel quisesse cobrar mais pelo que os potenciais novos entrantes estivessem dispostos a oferecer. 

Querer que o Estado, exímio fazedor de prejuízo, transporte pessoas é querer dar dinheiro para político se lambuzar.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PESSIMISMO INSTITUCIONALIZADO

Meu humor com este governo, está mais ou menos como o ICC da FGV.

CORRENDO PELO RALO

Parte substancial da nossa mão de obra mais produtiva escoa pelo ralo. Ocupando posições que nada acrescentam ao desenvolvimento do país. 

Funcionários públicos é uma das profissões mais procuradas, existe até um novo profissional surgido na esteira desta realidade: o "concurseiro". Pessoas que emendam o término da faculdade com a entrada num cursinho preparatório com vistas a entrar nas fileiras do serviço público. Também tem o pessoal que cansou da  concorrência "selvagem" do mundo corporativo e resolveu pegar o dinheiro da demissão (FGTS, Indenização, seguro desemprego, etc) para patrocinar o período de reclusão nos estudos e tentar uma carreira como fiscal, analista judiciário, agente da Anvisa, guarda rodoviário, técnico do banco central, cozinheiro da câmara ou qualquer outro da longa lista de cargos providos pelo Estado.




















Uma outra raça que se alimenta de improdutividade é o pessoal das consultorias e escritórios de advocacia na área tributária. O intrincado e absurdo emaranhado de regras, leis, portarias, códigos, acórdãos e sentenças que versam sobre impostos, taxas, benefícios fiscais, precatórios, multas e planejamentos tributário são de tal ordem que existe profissionais com especialização e muitas vezes até mestrado em apenas um tipo de imposto. O sujeito é mestre em IPI, ou pós-graduado em IR/CSLL ou possui MBA em ICMS.

Os últimos que nos afogam neste mar de subdesenvolvimento é o pessoal que recebe um ou mais dos inúmeros benefícios concedidos pela pátria querida. 
Filhas de funcionários públicos que recebem pensão integral do pai falecido pro resto da vida. Professores que mantêm até 5 matrículas (o máximo são 2) para ganhar salários sem trabalhar de 3 delas. Meninas casando com funcionários públicos prestes a morrer pra receber pensão como viúva por 30, 40, 50 anos. Um exército de cadastrados nos programas do governo - Bolsa Família, seguro desemprego, pensão por invalidez, etc,… - sem serem elegíveis. E aposentados com apenas 52 anos de vida.
A Constituição de 1988 (a mais socialista já redigida na face da terra) determina que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, basta ler um jornal ou passar em frente a um hospital público para constatar que na prática a lei é outra. Ainda assim tem gente (com recursos porque contratar advogado custa caro) que entra com ação exigindo que o Estado pague tratamentos caríssimos (pasmem, alguns até no exterior) por conta da garantia assegurada no texto constitucional.

domingo, 25 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS SOLTOS 3

Quando Dilma diz em seus discursos: "O povo escolheu este caminho, o povo me elegeu para fazer esta obra, etc,…"

Vamos ajustar esta matemática.


O povo brasileiro seria toda a população: 202,7 milhões



Mas quem vota são 142,8 milhões



Quem votou nela foram 54,5 milhões



Supondo, dos que votaram nela, 80% concordem com tudo que ela faça, afinal de contas mesmo entre os petistas existem divergências, imaginem numa base aliada tão heterogênea quanto a dela, portanto 80% é uma estimativa otimista. 

Então são 43,6 milhões.


Ok, então quando Dilma falar o povo, considere na verdade 21,5% dele.



Não estou nem levando em consideração outras questões como o nível de informação do tal povo, tampouco sobre a capacidade cognitiva mínima para entender o que Dilma (ou qualquer outro político) faz ou deixa de fazer.



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Uma das justificativas clássicas para se ter um governo cada vez mais atuante e maior é a de que ele esta simplesmente cumprindo com o desejo da maioria.



Uma questão premente e das mais usadas pelos políticos é a miséria e pobreza dos mais necessitados. A maioria da população quer ajudar, quer mitigar este sofrimento dos mais carentes, dizem eles para justificar impostos.


Ora, se é assim, então pra quê governo ? Se a maior parte da sociedade quer prover ajuda a esta parte da população.
O quê não falta são entidades assistências, asilos, casas de repouso, igrejas, escolas, ONG's, fundações, grupos de ajuda, sociedades anônimas, empresas e pessoas físicas que fazem filantropia de uma forma direta, eficiente e focada. 


A contribuição pode ser financeira (com a internet isto está a apenas alguns clicks do mouse) ou direta (por doação de roupas, brinquedos, comida e trabalho voluntário)



Além de ser mais barato, por não precisar da intermediação dos ilustres burocratas bem intencionados de Brasília, cria-se um sentimento cívico e uma cobrança dos resultados de quem está contribuindo muito maior do que o advindo daquele fruto do pagamento dos impostos. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

CARTA AO GOVERNO

Você sabe que eu prefiro carne vermelha e café do que peixe e chá ?

Você sabe que prefiro viajar de carro do que de avião ?

Sabe que eu adoro frio, silêncio e lugares vazios ?

Que eu gasto uma fortuna por mês com livros, cinema e refeições fora de casa e só vou ao médico quando alguma coisa está doendo ?

Você sabe o que eu quero pra minha velhice, para minhas férias ou para os meus filhos ?

Você não vê o mundo através dos meus olhos, não teve a experiência de vida que eu tive, não sabe dos meus receios, das minhas preferências, nem o que a minha consciência me fala. Logo, pare de tomar decisões por mim, ou em meu nome.

Você é muito diferente de mim. Não pegue 40% do que eu ganho com o meu trabalho para pagar seus policiais, seus médicos, seus doentes, seus bancos, seus empresários visionários, seus funcionários e até a minha aposentadoria. 

Sabe por quê ? Porque além de você não saber se é com isto que eu quero gastar meu dinheiro (certamente não é), você ainda o esta usando para fins de enriquecimento próprio.

Eu já fui assaltado, tive o carro roubado, tenho que pagar médico particular, seguro, comprar alarmes, mudar de cidade, matricular meus filhos em escola particular e cuidar dos meus pais idosos. Esse dinheiro que você me toma, não é para isto que você diz que seria usado?

Sou um adulto emancipado, dono do meu juízo e ciente das minhas prioridades e deveres pessoais. Gostaria de ter de volta a minha liberdade de fazer o que eu quiser com meu dinheiro (que aliás dá muito trabalho para ganhá-lo). Por favor não o tome, eu não lhe dei esta autorização, nem tampouco assinei nenhum contrato social ou de prestação de serviço com você.

Quero se um homem totalmente livre.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

PARA CLAREAR O RACIOCÍNIO

Se o governo impusesse amanhã um imposto de renda de 100%. Quão isso absurdo pareceria para você ?

Humm, hoje este número está em 40%. (Já foi de 5% na época do Brasil Império, passou a 15% na República Velha e 25% às vesperas do Plano Real).

Mas voltando ao nosso experimento mental. Se a 100% é confisco, escravidão, expropriação, roubo…a 40% é o quê?
Como diz àquele ditado: Não existe meia grávida ! Você está sendo roubado do mesmo jeito. 
Se o ladrão na rua te aborda e leva "só" metade do dinheiro que você tinha na carteira, continua sendo roubo do mesmo jeito.

Vamos a outro experimento (esticando ao absurdo para clarear a mente) para observar uma questão adicional, dessa vez relativo ao pessoal que tem contracheque do governo.

Se houvesse uma desobediência total e simplemente todos os pagadores de impostos se recusassem a pagar qualquer tributo de forma que a arrecadação do governo zerasse.

Humm, todos estariam 40% mais ricos. Não, e os servidores públicos ? Não teriam mais fundo de onde retirar seus salários. Ora, então quando um assessor de senador ou fiscal de renda tem descontado no seu contracheque R$2.000 de impostos isso é o quê ? 

Resposta: Uma Ficção contábil.
Todos os funcionários públicos não pagam impostos na prática, eles são pagos por eles. Se o assessor ganha R$10.000 e é diminuído R$2.000 de impostos, na verdade ele está sugando R$8.000 dos verdadeiros pagadores de impostos, no caso nós, pobres trabalhadores da iniciativa privada. Os tais R$ 2.000 é para enganar os inocentes.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

KEYNES

John Maynard Keynes, fã de Marshall e dono de uma das críticas mais duras (e melhores) que já li sobre Marx  e sua obra "O Capital"(aqui)

Inteligente, político e investidor hábil, bon vivant e exímio frasista.

O economista mais influente do século XX.

Curioso que o brilhante matemático, decifrador do código secreto nazista, Alan Turing, tenha sofrido preconceito avassalador apenas pelo fato de ser homossexual e Keynes, da mesma época, do mesmo país e com a mesma preferência sexual de Turing, tenha sido celebradíssimo. 

Não vou me estender em sua bibliografia, mas apenas mencionar uma coisa a respeito do gênio:

Deu ao governo o que ele sempre sonhou: Uma base teórica e matematizada para o gastar que, tirando todo o floreio e suposta certeza científica, pode-se traduzir no seguinte:

Gastar como nunca hoje para gerar a abundância necessária no amanhã...quando este chegar a abundância será tal que a conta vai ser paga sem nem se sentir.

Aliás o longo prazo não importa muito, porque afinal, estaremos todos mortos.

VAMOS FALAR DO ÓBVIO

Desde muito pequeno na escola, todo mundo quer jogar no time que está ganhando. Na vida é assim, quem paga mais leva. Quem cobra mais perde.

O governo portanto tem uma ferramenta do diabo na mão.(imposto, subsídio, regulamentação, taxas, tudo comanda preço) 

O poder está nos preços.

A fábrica da Ford saiu do Rio Grande do Sul e foi para a Bahia por conta de menos impostos, o mesmo ocorreu com a Nissan que saiu do Paraná e foi pro Rio de Janeiro ou com as empresas importadoras que vão para Santa Catarina por conta do benefício fiscal do ICMS.

Então quando o governo aumenta imposto, ele diminui do objeto tributado. 

Imposto sobre investimento e a poupança (como é o caso do IOF) diminuirá o investimento e a poupança, o aumento do preço de contratação (como o aumento do salário mínimo) diminuirá o número de contratações, um aumento do custo de matéria-prima que vem de fora (como é o caso do imposto do PIS/ COFINS sobre importados), diminui a fabricação dos produtos que usam estes insumos.

No Brasil funcionário público ganha mais que o dobro do que o da iniciativa privada e trabalha menos (aqui um estudo do IPEA sobre o assunto); 

Políticos votam seus salários astronômicos sem nenhuma base na realidade;

Os privilégios em termos de aposentadoria e estabilidade na função premiam ainda mais a classe do servidores do povo. 

Ora, o que ocorre então? O óbvio. Mais gente querendo ser político e funcionário público. O problema é que este pessoal nada produz, a não ser mais burocracia, mais leis, mais fiscalizações e mais impostos, enfim, fabricam sim improdutividade.

Você quer ter mais empresas na informalidade, tributa a formalidade.
Menos justiça ? Aumento o preço da justiça (já viu quanto custa um habeas corpus ?)
Mais apagão ? Mais engarrafamento ? Mais violência ? Basta ver para que lado está apontado o incentivo, seja na forma de imposto, de subsídios ou na forma de taxas, tarifas  e regulamentação.



DEPENDE DA RÉGUA

Pela paridade do poder compra a China já ultrapassou os EUA como maior economia do mundo.

Pelo mesmo índice a India passa a 3ª posição. Já pelo critério de PIB per capita ela vai pra última posição (do grupo de países selecionados da tabela abaixo)

O Japão que já foi a 2ª maior economia durante mais de 25 anos, só cai, por qualquer dos tradicionais parâmetros que se usam.

A Indonésia é o 3º em percentual de crescimento e o Brasil o antepenúltimo  aliás nosso desempenho é medíocre também no PIB per capita e mantemos o 7º lugar quando a medição é pelo poder de compra.

O quadro mostra o ranking (base 2014) de 13 países selecionados, retirado do world economic outlook database do FMI.







O QUE NOS RESERVA ESTE SISTEMA DE GOVERNO ?

Que sistema de governo vem com o "defeito de fábrica" de selecionar para liderar àqueles que melhor discursam, que melhor mentem, que mais dizem amenidades e promessas inatingíveis?

Observava H.L Mencken:
"Eles normalmente são escolhidos por razões bastante distintas, a principal delas sendo simplesmente o poder de impressionar e encantar os intelectualmente destituídos. (…) Será que algum deles se arriscaria a dizer a verdade, somente a verdade e nada mais além que a verdade sobre a real situação do país, tanto em questões internas quanto em questões externas ? Algum deles irá se abster de fazer promessas que ele sabe que não poderá cumprir? Irá algum deles pronunciar uma palavra, por mais obvia que seja, que possa alarmar ou alienar a imensa turba de idiotas que se aglomeram ao redor da possibilidade de usufruir uma teta que se torna cada vez mais fina? 
Resposta: isso pode acontecer nas primeiras semanas do período eleitoral…Mas não após a disputa já ter ganho atençao nacional e quando a briga estiver séria.(…) Eles todos irão prometer para cada homem, mulher e criança no país tudo aquilo que estes quiserem ouvir. Eles todos sairão percorrendo o país à procura de chances de tornar os ricos pobres, de remediar o irremediável, de socorrer o insocorrível, de organizar o inorganizável, de deflogisticar o indeflogisticável. Todos eles irão curar as imperfeições apenas proferindo palavras contra elas; e pagarão a dívida nacional com um dinheiro que ninguém mais precisa ganhar, pois já estaremos vivendo em abundância. Quando um deles disser que dois mais dois são cinco, algum outro irá provar que são seis, sete, dez,… A maioria deles, antes de o alvoroço estar terminado, passará realmente a acreditar em sua propria honestidade. O vencedor será aquele que prometer mais com a menor possibilidade de cumprir o mínimo."

Pois é, saímos da loteria que a regra do governo pelo nascimento impunha, de sermos conduzidos por um rei louco e mentiroso ou por um bom e visionário, para um regime que quase sempre seleciona àqueles que são enganadores embusteiros e condutores de turba. Esta é a democracia que se mostra dia a dia diante dos nossos olhos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS SOLTOS 2

Os economistas têm consenso sobre poucas coisas, uma delas é que o monopólio provoca aumento de preços e piora na qualidade do produto.

É intuitivo. No monopólio você pode aumentar o preço do seu produto sem perda de clientes ou investir menos esforço e trabalhar menos sem afetar suas vendas. Então cedo ou tarde, você o fará.

Considerando esta configuração resultada do monopólio, unanimemente aceita pelos economistas, como podemos nos surpreender ainda com a qualidade dos serviços prestados pelo Estado (monopólios absolutos), seja na área da justiça, da infra-estrutura sanitária, da segurança, do petróleo, da saúde, etc ?

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Não deixa de ser curioso ler e assistir as entrevistas do Joaquim Levy desancando tudo que foi feito em matéria de economia no primeiro mandato Dilma. 
"estamos arrumando a casa"
"então, o reajuste da economia, puxado pela reorientação fiscal, deixa de ser uma simples opção para ser uma necessidade"
"os riscos de uma política dirigista seriam os mesmos daquelas que faziam as prateleiras da lojas de Leningrado viverem vazias…ações voluntaristas ensaiadas há poucos anos mostraram que se pode rapidamente desestabilizar um segmento aparentemente seguro."

Isso tudo e muito mais, (veja aqui) sem ser repreendido pela Dilma, como a mesma fez por muito menos com o seu ministro do planejamento Nelson Barbosa.
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Na economia que a Dilma aprendeu, isto não seria possível:

Inflação baixa:


Com desemprego baixo, e caindo.




HOMENS DE NEGÓCIO E O ESPÍRITO ANIMAL

Rockefeller, Ford, Morgan, Carnegie, Rothschild, Vanderbilt, Jobs não são exatamente reconhecidos como seres humanos dos mais dóceis.

Suas imensas fortunas, erigidas muitas vezes do nada, foram construídas sobre toda e qualquer fresta de oportunidades que lhes apareciam no caminho, fossem estas deixadas "dando sopa" pelo governo, por sócios, por sindicatos ou, principalmente, por concorrentes.

Rockefeller supria 90% de toda demanda de gasolina e óleo dos EUA. Quando intimidado por Vanderbilt e Scott a pagar maiores preços pelo uso de suas ferrovias, Rockefeller construiu um oleoduto de mais de 6.400 km que ligava a Ohio a Pensilvania, encerrando a dependência por trens para escoar seu petróleo.
Uma das características destes titãs era o senso frio da realidade, ou seja, se não produzissem mais barato e em maior quantidade do que os outros seus negócios iriam à bancarrota. A falência era uma ameaça real e constante. Este sentimento os levavam a investir em inovações, obter o máximo de fatia de mercado que conseguissem e ter um exército de trabalhadores motivado para a função. (Ford declarava que seus próprios funcionários deveriam ter condições de comprar os veículos que fabricavam, implantou aumentos sucessivos de salário do "chão de fábrica" superando em muito a remuneração média do trabalhador da época)

Hoje, os homens de negócios, encontram guarida mais e mais vezes nos subsídios, privilégios e socorro dos governos e seus bancos centrais. A política do "too big to fail" praticamente instituiu a socialização de prejuízos. Os mecanismos para se evitar uma falência se multiplicaram e o homem de negócio perdeu o seu medo de quebrar, afinal um bailout do governo está sempre a mão. A GM foi praticamente estatizada, o Bear Stearns, a AIG , a American Express e centenas de outras (veja aqui uma amostra) foram salvas de irem pro cemitério da "destruição criativa".

Entre quantitive easyng pra lá, TARP's pra cá, já foram gastos mais de U$ 50 trilhões de dólares desde 2008 no socorro de homens que sabiam (ou deveriam saber) que o risco de quebrar fazia desde o inicio fazia parte do jogo. Será que ainda faz?  Estão matando o espírito animal. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

POR QUE GANÂNCIA FAZ MELHOR QUE O AMOR

Aqui não me refiro ao roubo, a fraude ou a qualquer outra ação que produza vítimas.
A ganância ora explicitada é sobre àquele sentimento que move os indivíduos ambiciosos, àquela que leva-nos a querer cada vez mais e melhor para nós mesmos.
Quando o sujeito levanta às 3h da manhã, percorre quilômetros de ônibus para chegar ao trabalho, amassa quilos e quilos de farinha e leva por diversas vezes àquela massa a um forno quente, num calor de 40º para... que o pãozinho quente chegue à mesa do advogado, residente nos Jardins, se refestelar pra mais um dia de escritório, qual sentimento você acha que o move ? Amor ? Pena ?
Entre as alternativas que o padeiro tinha para dispor de seu capital humano, entendeu ele que àquela que mais lhe traria resultados seria produzindo pães. Ninguém o coagiu a fazê-lo, ninguém o proibiu de fazê-lo, ele pode mudar de atividade quando quiser e ele será remunerado por isto enquanto o negócio for lucrativo.

A maioria das pessoas definem ganância como sendo uma atitude cujo portador preocupa-se única e exclusivamente com seu bem estar e não está nem aí pro resto. A mágica do capitalismo de livre-mercado é que não importa qual o sentimento do padeiro para com o advogado dos Jardins, ou para com qualquer outro e sim para consigo mesmo. Pois se a finalidade é para ser promovido e um dia virar gerente da padaria, ou se é para conseguir fundos suficientes para terminar sua faculdade, ou se é para sair no fim de semana e encher a cara de cachaça,  o que importa é que, ao querer o melhor para si mesmo, ele mesmo sem pretender já está produzindo algo de valor para a sociedade, produzindo o, famoso, bem comum.

A sociedade é heterogênea, cada indivíduo enxerga e percebe a realidade a sua maneira, as pessoas possuem diferentes objetivos e visões particulares do que é bom para si. Esta multiplicidade de desejos e a busca dos meios para atingi-los precisava de um catalisador. A evolução natural escolheu a ganância.

Existem essencialmente 3 formas de conseguir que alguém faça alguma coisa por você: Pelo amor, pelo comercio ou pela força. O amor é muito restrito, pois para amar precisa conhecer, precisa estar perto para querer as mesmas coisas. Com o amor as trocas ficariam intra-familiares ou circunscritas a um pequeno grupo, a um bairro.

Pelo comércio a idéia central é que para que eu faça algum bem para você, você precisa fazer um bem para mim, esta é a regra de ouro do capitalismo de livre mercado, de livre iniciativa – a reciprocidade pacífica, uma troca voluntária de favores: Eu lhe dou pãozinho quente e você paga a mensalidade da minha faculdade (o dinheiro na forma de salario é o meio).
A última forma, pela força, é basicamente como os bandidos e....o governo faz. 
A ganância é o motor do desenvolvimento, é o alimento do ego, é a insatisfação com o presente e o remédio para a inércia. Ela impulsiona a transformação de coisas sem nenhum ou pouco valor em coisas de algum ou maior valor.

Se faltasse ganância no mundo, estaríamos todos mortos. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A LIBERDADE DE SER VAGABUNDO

Apenas o capitalismo permite ao sujeito fazer o que quiser com o que lhe pertence, o que quiser com a sua propriedade privada. Inclusive não fazer nada. Ser um hippie, um manifestante profissional, um mendigo, um vagabundo, um viciado é permitido…Desde que não façam vítimas, ou seja, não viole a propriedade privada de outrem.

E no socialismo ? Não, neste regime todos têm que dar sua cota de participação para o enriquecimento do país. Em Cuba, vadios são reunidos e enviados para campos de trabalho forçado. Na URSS, fazenda coletivas obrigavam todos que se negavam a trabalhar a cumprir uma jornada de trabalho para glória do partido.

Onde há estado, não há capitalismo. David Friedman ilustra bem esta dicotomia no excelente The Machinery of Freedom. Num dos trechos ele aponta:
"O Governo é que é o inimigo: polícia prende mendigo, escolas públicas insistem em exigir cabelos curtos, governos federal e estadual se engajam em programas massivos de proibição de importação e vendas de drogas…Isto tudo é parte da censura e imposição da moral da maioria sobre a minoria. Mas parte da perseguição vem do reconhecimento que as pessoas que escolhem ser pobres contribuem menos para o 'bem comum'.  Hippies não pagam muitos impostos... este ponto se torna explícito: viciados em drogas são recriminados por que o vício não permite que a vítima contribua com sua cota de trabalho. Se todos fossem viciados a sociedade se colpasaria. Quem iria pagar impostos? Quem iria lutar nas guerras contra inimigos externos ?"

É isto: O comunismo sobrevive nos regimes democráticos em toda parcela da economia em que o Governo prevalece. No que tange a convocação militar obrigatória, a proibição de drogas, a proibição de importados, a obrigação do cinto de segurança, a previdência pública mandatória, a poupança forçada,…somos todos uma parte da URSS.

MUSEU DAS OBRAS INACABADAS

Visitando Brasília ou qualquer uma das capitais dos Estados vislumbramos a opulência e a "grandeza" do poder público nacional traduzida em grandes construções suntuosas que abrigam nossos ilustres servidores do povo. Os edifícios, palácios, museus, auditórios, embaixadas, ministérios, tribunais e bibliotecas são adornados ainda com quadros, estátuas e outras obras de arte de altíssimo valor.


Toda pompa, luxo e grandiosidade inspira no homem comum um sentimento de distanciamento, de respeitabilidade e certa humildade diante da "nobreza" dos locais de trabalho e residências onde os escolhidos do povo exercem sua importante missão.

Pegando carona na boa matéria de Chris Edwards do 
Catho Institute (aqui), poderíamos ao lado de toda estas maravilhas arquitetônicas criar o Museu das Obras Inacabadas (MOI), onde seriam desfiladas os verdadeiros monumentos que os governos erguem em homenagem àqueles que lhes prestam deferência, que lhes pagam a conta.

Alguém que saísse pelo Brasil a registrar fatos e imagens desta arqueologia do desperdício (aqui alguns exemplos toscos) certamente juntaria material farto para o MOI.  


De pontes que ligam coisa alguma a lugar nenhum, a ferrovias que se transformaram em paisagem no meio do nada. A prodigalidade dos nossos planejadores e peritos da gestão pública é centenária e a única coisa que não arrefece, esteja a economia em ciclo de alta ou de baixa.

A decisão de investir numa obra é um dos eventos mais estudados e analisados quando se trata da iniciativa privada. Imobilizar capital requer estudos pormenorizados pois os retornos são de longo prazo e envolvem diversas variáveis, fiscais, logística, financeiras e mercadológicas. No âmbito público o incentivo a grandes obras, com data de inauguração marcada para coincidir com o período eleitoral já é marca da política embusteira. 
"Governar é fazer estradas" já dizia Washington Luís lá no tempos da República Velha.

Em época de empreiteiros presos, o nosso Museu da Obras Inacabadas seria também uma homenagem a eles.

OU VOLTA A TRABALHAR (ACEITANDO QUASE QUALQUER COISA) OU ENTRA EM DEPRESSÃO

Lendo uma matéria (aqui) interessante sobre os benefícios colaterais (externalidades positivas) do seguro desemprego nos EUA (evitou-se mais de 1,4 de liquidação de hipotecas e aumentou o acesso dos pobres ao mercado de crédito), fiquei ainda mais espantado com o comentário de um dos leitores do site ao final da matéria. Vejam abaixo (UI é a abreviatura de Unemployment Insurance). 
"I do wish that the assumption that somehow unemployment compensation ("UI benefits") help people. While of course the money does help it comes at a terrible price to the recipient, at least here in Oregon which despite its "liberal" public face is about the most TeaPublican state possible of all states with typical right-wing extremist practices. Generally though here's the problem just about anywhere. First if you have to file for unemployment the automatic assumption of many prospective employers is that you are somehow severely damaged goods and you are to be shunned. Some prospective employers even demand to know if you have EVER filed for unemployment - at any time ever in your career, and will shut you out for that. Then there is the really nasty attitude of (employed) state workers who treat you like you are something that came up on their shoe in the parking lot, and as well make demands (illegal, but they still do it) that you take a minimum wage part time or split shift job a long ways away from your home (sometimes hours) or that you relocate or that you take a job for which you have no background nor qualification much less interest. For example, during the brief time I was unemployed last year, despite my well documented well referenced paraprofessional career I was told I had to apply to be a graveyard shift janitor or flip burgers at a national chain, or I would be denied benefits.The deal is, these state workers administering UI programs are held to a numbers game and they will do anything to get their numbers up (not that I am sympathetic toward often illegal maneuvering and pressuring the person unlucky enough to be a downsizing victim). UI benefits are often less than half your former income. Your skills are often belittled in an attempt to force you into out of your professional level down to entry level. You are mandated often to prove applying for many more jobs every week than would be normally humanly possible (some states demand a minimum of ten applications per week, most are 5-7). You are strongly pressured to "return to college or trade school" which of course means you then are booted off the UI rolls - ergo, their numbers get better). And the most insulting thing of all, when your benefits run out the media talking heads sneer at you for having "given up looking for work" when the reality is to the government, the media and society in general, you just aren't even worth counting anymore - talk about victim blaming which has become the great American pastime. All around the merry go round - it's a nonstop delivery of shaming. No wonder many unemployed run through every last bit of their personal assets such as they are just to avoid the daily onslaught of shame."

Tal sentimento não se mede pelos dados, mas creio que o efeito emocional é tão pesado que, ou leva o sujeito a aceitar qualquer coisa para sair do seguro, ou é levado para uma depressão, se achando o mais derrotado dos seres humanos.

Vale a reflexão de comparar as atitudes de lá versus a daqui neste sentido. 

Uma outra questão é: Será que o excesso de proteção que o Estado se prontifica, cada vez mais, a dar não interfere não estima de quem sofre um revés?  
Fatalmente todos passam (ou passarão) em algum momento por contratempos. A diferença é como você encara o tombo.

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