quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SERVIDOR PÚBLICO - NÚMEROS MAIÚSCULOS

No ano passado mais de 12 milhões de brasileiros prestaram concurso público para cerca de 180 mil vagas.

Uma das áreas que mais crescem no país - 40% ao ano - é a de cursinhos preparatórios para quem quer concorrer a uma vaga no serviço público. É comum encontrar "concurseiros" que estão há 4 ou 5 anos tentando aqui e ali passar para o tão sonhado emprego estável, fazendo disso uma profissão.

O salário médio de um funcionário público é cerca de 50% maior do que o da iniciativa privada, dados os mesmos níveis de qualificação e exigência.

Mais de 8% da população ocupada no país é de funcionários públicos. (aqui)

Exemplos obscenos são encontrados todos os dias desde a promulgação da lei que obriga a publicação de salários dos servidores públicos. Em São Paulo foi encontrado um juiz que ganhava R$711.170 por mês. E este está longe de ser um caso isolado.

Pelas vantagens e privilégios que a carreira estatal oferece, muita gente talentosa e de alto QI são atraídas para estes cargos. O que obviamente num pais de escassa mão-de-obra qualificada provoca um dano grave na produtividade da nossa economia. Tão logo um cérebro destes adentra o serviço público a única função que dele se exigirá é a de prover o Estado com maior burocracia e melhores tecnologias de extração do dinheiro alheio em forma de tributos. Isto não gera riqueza.

Num país onde o sonho da maioria dos jovens é se tornar um juiz, ou um auditor fiscal, ou um conselheiro do tribunal de contas, o capitalismo deixa de seu um sistema econômico para se tornar um método eventual de geração de rendas a serviço de quem deveria servir.






sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O FARDO DOS DESIGUAIS

Em tempos de Estado indutor, paternalista, assistencialista, de bem estar social ou do quê quer que você queria chamá-lo nestes dias onde ele se encontra cada vez mais onipresente, quem mais sofre são os "pobres coitados" que se diferenciam por capacidade, competência, criatividade, empreendedorismo e, por que não, coragem.

São estes que cada vez mais precisam fornecer nacos de seus rendimentos, fruto de muito suor e trabalho, em nome da igualdade propalada pelos intelectuais dito modernos. São tempos sombrios…

O Estado, que surgiu em priscas eras com o objetivo declarado de garantir a segurança interna e externa e prover a justiça entre os cidadãos, hoje lança mão do monopólio da força para proibir toda sorte de inutilidades: Desde a ingestão de batata-fritas à contratação de trabalho por menos de R$ 678,00 ao mês; desde a cobrança do preço que o mercado quiser pagar do combustível à empresas usarem animais em testes de laboratórios; desde escolas que querem premiar com mais dinheiro os professores que têm melhor desempenho ao uso de preservativos e métodos anticoncepcionais. 

Uma vez que algum bem intencionado resolveu expandir a atuação do Estado para, supostamente, proporcionar melhores condições de vida aos seus cidadãos a coisa começou a degringolar e hoje temos uma sanha intervencionista que se intromete cada vez mais nos negócios particulares.

Como dinheiro não dá em árvore e o Estado não produz riqueza alguma, quem acaba financiando a máquina cada vez mais pesada deste Leviatã são àqueles que produzem.  O mecanismo de redistribuição ocorre em nome da igualdade e se dá através de bolsas assistencialistas, aposentadorias privilegiadas, empregos públicos estáveis, empréstimos subsidiados, concessão de benefícios fiscais e claro a velha e conhecida corrupção. 

Mas que diabo é esta tal igualdade que os agentes de governo, a intelligentsia de esquerda ou os humanistas modernos enchem a boca para usá-la na justificativa de toda ação supostamente progressista do Estado ?

Vamos executar o seguinte experimento mental: Pegue um grupo de 50 indivíduos, todos nascidos no mesmo dia, no mesmo hospital, filhos de pais da mesma classe social, raça e religião e coloque-os para ter uma criação até os 23 anos de idade exatamente igual. Mesmo tratamento de saúde, educacional, psicológico, moral, cultural  e religioso (supondo que isto seja possível). Depois solte-os numa cidade como São Paulo ou como Chicago, ou como Curitiba ou como Londres, ou qualquer outra do mundo ocidental (para ficarmos num exemplo mais próximo da nossa realidade) para disputarem oportunidades e seguir a partir de então suas vidas por si mesmo.

Existe alguma dúvida que depois de 20 anos, por exemplo, cada um se encontrará em situações físico-financeiros diferentes ? Talvez um deles quisesse experimentar drogas e se tornou um viciado, talvez outro tenha se tornado um executivo medíocre, talvez outro tenha aberto seu próprio negócio e enriquecido, outro virou presidente de uma prestigiosa companhia e outro ainda tenha se tornado ativista ecológico ou pastor de igreja.

Estudos com gêmeos idênticos dão conta de que nem entre eles (um grupo tão homogêneo) os resultados se dão na mesma medida - cada um seguindo uma história de vida a sua maneira. Imaginem num grupo mais amplo, como àqueles pertencente a uma sociedade por exemplo.  

Uma outra questão importantíssima ainda tem a ver com as razões que levaram determinado indivíduo a fracassar. Como saber se a culpa foi dele, foi da família que o criou, foi da escola, foi dos genes, ou de todos eles ? 

Por quê é importante saber tal razão ? 

Por que se a culpa é exclusivamente das escolhas feitas por este indivíduo seria justo que outros paguem a conta ? 

Seria um prêmio a incompetência. No longo prazo esta trama bizarra levaria tal esquema a bancarrota, pois se vamos recompensar os fracassados e dividir o sucesso dos vitoriosos, ao fim ao cabo, desmotivaremos os melhores e vamos todos viver na mediocridade.

A menor unidade de referência de uma nação é o indivíduo. Cada um processa as sensações do mundo a sua volta de uma forma única e interagindo com a realidade de formas diferentes, produzindo respostas e consequentemente resultados diferentes. Fugir disso é fugir do que somos. É ir contra a natureza. O quê precisa é cada um ter a liberdade para fazer suas escolhas e arcar com as consequências. 




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